O deputado estadual Júlio Campos (União) lamentou a derrota de seu grupo político nas eleições municipais de Várzea Grande e Cuiabá, destacando especialmente o revés sofrido na Cidade Industrial, onde o prefeito Kalil Baracat (MDB) perdeu a reeleição para a advogada Flávia Moretti (PL).Ainda digerindo o resultado amargo das urnas, Campos defendeu o fechamento dos institutos de pesquisa, que erraram nas projeções de resultados. “É uma pena que nós tivemos algumas perdas em municípios importantes que nos deixaram um pouco chateados. Mas é a democracia... Tínhamos as pesquisas completas que indicavam que poderíamos ir para o segundo turno com a maioria dos votos em Cuiabá e ganhar com uma diferença relativamente boa em Várzea Grande. As pesquisas ficaram todas desmoralizadas. Tem que fechar os institutos de pesquisa, porque todos praticamente erram em Mato Grosso. A pesquisa analógica não funciona mais, tem que ser a digital”, acrescentou.
Em Cuiabá, o deputado Eduardo Botelho (União) acabou ficando de fora do segundo turno. Já em Várzea Grande, Júlio Campos atribuiu a derrota de Kalil à crise de abastecimento de água na cidade, tema amplamente abordado pela campanha de Flávia Moretti.
Além disso, o problema no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE) e uma operação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) acabaram gerando desgastes ao emedebista na reta final do período eleitoral.
“A crise de Várzea Grande foi a falta de água. A candidata da oposição e agora prefeita eleita Flávia Moretti bateu muito no problema de água, veio aquela tragédia do DAE com 15 dias da eleição e também uma fadiga de material”, ressaltou o deputado.
Com a derrota de Kalil Baracat, encerra-se um longo período de domínio político do grupo liderado pela família Campos em Várzea Grande. A influência da família na administração municipal se manteve por décadas, alternando entre mandatos diretos e a eleição de aliados.
Isso porque, nos últimos anos, apenas dois prefeitos de oposição, Murilo Domingos e Dr. Walace Guimarães (MDB), conseguiram romper o domínio da família Campos. “Avião, quando voa muito, vai estragando. O nosso grupo político está há praticamente 20 anos no Poder. Estávamos com dois mandatos consecutivos da Lucimar e um do Kalil, e quiseram mudar. Faz parte da democracia. Desejo sucesso, não só a ela, mas pra quem for eleito em Cuiabá”, concluiu Campos.
Assessoria/Caminho Político
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