Podemos dizer que essas são expressões autoexplicativas. Vamos começar pela expressão Marketing, que vem da junção da palavra "Market" (língua inglesa), que quer dizer “mercado”, com o sufixo "-ing", que indica ação. Com isso, surge a definição de marketing: o mercado em ação, o movimento do mercado. Derivando para outra definição de marketing, temos a técnica que estuda o movimento do mercado. Dessa forma, o marketing, quando utilizado como técnica para uso político, divide-se em dois tipos: marketing eleitoral e marketing político. Porém, devido à confusão entre as duas matérias, o termo marketing político é muitas vezes utilizado exclusivamente em campanhas eleitorais. Entretanto, marketing político não é uma ação simplesmente eleitoral. Primeiro, é preciso perceber que não existe uma única ação de marketing, mas sim ações derivadas de um estudo do mercado a ser atingido. Além disso, precisamos diferenciar o marketing eleitoral e o marketing político da propaganda política, em que governos e políticos desenvolvem esforços para “vender” as ações sociais que produzem, tentando persuadir a sociedade a “comprá-las”. No marketing eleitoral e no marketing político, o candidato, partido político ou governo procura obter informações sobre aquilo que a sociedade deseja para então produzir propostas sociais adequadas a esses desejos.
No caso do marketing eleitoral, estas propostas são direcionadas para o público (cidadãos) que precisa ser convencido a votar em determinado candidato. O marketing eleitoral é definido como um conjunto de atividades realizadas em épocas eleitorais, de modo organizado e planejado, para captar o maior número possível de votos para um político específico, com o intuito de torná-lo vitorioso na competição eleitoral. É também conhecido como o marketing da conquista, pois se busca conquistar eleitores como se conquista pessoas importantes na vida pessoal ou profissional. O fator crucial é o tempo, pois tem objetivos de curto prazo e começa e termina com o fim das eleições.
Já o marketing político estuda o movimento e as reações dos que recebem as ações políticas dos detentores de cargos executivos e legislativos. É algo mais permanente, relacionado com a formação da imagem do político a longo prazo. É quando o político no poder se preocupa em sintonizar sua administração com as necessidades e desejos dos cidadãos, ao mesmo tempo em que atende aos seus interesses como político. Nesse sentido, o marketing político não pode e não deve ficar restrito às campanhas eleitorais, pois não é uma ação meramente eleitoral. Ao contrário, deve ser utilizado durante as gestões políticas ou administrações públicas, possibilitando uma melhor eficiência da comunicação com a população, adequando a imagem do homem público e garantindo uma correta avaliação popular das ações sociais, facilitando o processo de reeleição ou eleição futura a outros cargos.
Resumindo, o marketing eleitoral é o marketing da conquista, que reúne a força e a convicção obstinada da paixão com a astúcia. Já o marketing político é o marketing da ocupação e consolidação do poder conquistado. O mais importante
é sempre buscar a essência do marketing: para atingir os seus objetivos, é necessário colocar os interesses dos seus “alvos” acima dos seus próprios.
Ao entender essas diferenças e aplicar corretamente as estratégias de marketing político e eleitoral, políticos e partidos podem se comunicar de forma mais eficaz com o eleitorado, construindo e mantendo uma imagem positiva e, simultaneamente, garantindo o sucesso nas urnas durante as eleições.
Luiz Vicente Dorileo da Silva – “SHIPU”, Especialista em BORA - Buscar, Oferecer, Reter e Ativar Estratégias por meio de Marketing e Vendas. shipumt@hotmail.com / @shipumt
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