"Lá não há mesmo eleições nem democracia", comentou funcionário do Serviço de Inteligência Militar ucraniano. Pleito de três dias já tem vencedor praticamente garantido: Vladimir Putin, prolongando mandato até 2030. Especialistas cibernéticos do Serviço de Inteligência Militar da Ucrânia (GUR) hackearam o sistema de serviços públicos através do qual é realizada a votação eletrônica nas eleições presidenciais da Rússia, informou neste sábado (16/03) a agência de notícias ucraniana Ukrinform, pouco depois de o partido do Kremlin, Rússia Unida, ter denunciado ataques informáticos.
Segundo fontes de inteligência citadas pela agência, os hackers do GUR conseguiram penetrar "todos os sistemas de proteção" e continuarão seus ataques contra o sistema até o fim da votação. Ao confirmar ao jornal Kyiv Independent as ofensivas cibernéticas, um funcionário do GUR comentou: "Lá não tem eleições nem democracia, de qualquer modo."
Rússia diz estar resistindo
A chefe da Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia, Ela Pamfilova, afirmou na véspera que cerca de 10.500 ataques contra o sistema de votação eletrônica foram bloqueados desde o início do escrutínio, nesta sexta-feira.
O partido Rússia Unida também informou neste sábado que vem sofrendo ataques DDoS (negação de serviço) em grande escala em todos os seus serviços eletrônicos, mas garante que os está repelindo.
Desde a sexta-feira Rússia realiza uma eleição presidencial pseudodemocrática, cujo resultado há muito já está previsto: Vladmir Putin, que comanda o país há 25 anos, ganhará um quinto mandato, permanecendo à frente do Kremlin pelo menos até 2030.
A única figura declaradamente de oposição, o político liberal Boris Nadezhdin, foi impedido de concorrer por tribunais russos, inclusive a Suprema Corte, após recurso. O pleito se estende até o domingo.
av (EFE,ots)Caminho Político
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