Covid-19 e dengue são alertas para o Carnaval

Com a chegada do Carnaval, é crucial estarmos atentos à prevenção da dengue e da Covid-19, pois nosso estado, Mato Grosso, está com número elevado de pessoas acometidas por estas duas doenças virais.
Ambas as doenças exigem cuidados específicos para garantir a segurança e saúde de todos durante as festividades. Medidas como a vacina da dengue (por enquanto apenas na rede privada) e o uso de repelentes contra os mosquitos transmissores (Aedes aegypti) são medidas importantes contra a dengue. Já o uso de máscaras faciais, higienização frequente das mãos e distanciamento social são essenciais para evitar a propagação da Covid-19. Tomar a vacina para Covid-19 também é uma ferramenta fundamental para evitar os casos graves e óbitos.
Ainda é importante evitar locais com acúmulo de água parada, onde os mosquitos da dengue se proliferam, e evitar locais fechados e aglomerações. Ao seguir essas precauções, é possível aproveitar o Carnaval com mais segurança e tranquilidade.
No caso da Covid, a recomendação, especialmente para quem é do grupo de risco – pessoas de idade avançada, pessoas que têm alguma imunossupressão – é não brincar o carnaval esse ano. Fique em casa, curta os desfiles pela TV e escute rádio para não correr o risco de acabar se expondo e eventualmente desenvolver um caso grave. Porque o carnaval é sinônimo de muita aglomeração, o que traz um risco de infecção muito grande. Mesmo que seja em ambientes abertos, bem arejados, porque é muita gente, então o risco acaba sendo muito significativo.
Para além dos cuidados pessoais, é essencial combinar esforços de prevenção, triagem adequada, diagnóstico e assistência médica para enfrentar o surto de dengue e Covid-19 durante o período do Carnaval. O envolvimento ativo da comunidade, autoridades de saúde e demais instituições é fundamental para garantir uma resposta eficaz e proteger a saúde pública.
Sintomas
Dengue e Covid-19 apresentam sintomas semelhantes, e de qualquer forma é preciso ficar atento. Enquanto a Covid-19 se manifesta com tosse, espirro, dor de garganta, perda de olfato e paladar, a dengue não apresenta esses sintomas.
Os sintomas da dengue se apresentam como febre de início súbito, dor de cabeça, dor no corpo e cansaço e frequentemente estão acompanhados de dor atrás dos olhos.
No entanto, é importante ressaltar que tanto na COVID-19 quanto na dengue, a maioria dos casos são assintomáticos, entretanto na COVID-19 o indivíduo pode transmitir e na dengue, ao ser picado pelo mosquito, também pode transmitir para outra pessoa que este mosquito vier a picar.
Se você mora com uma pessoa que tenha mais de 65 anos ou com alguém que seja imunodeprimido, os cuidados devem ser redobrados para que você não leve estas infecções para dentro de casa.
Caso o idoso ou imunodeprimido em casa comece a ter sintomas leve-o imediatamente ao médico.
Reforço aqui a importância de tomar a vacina bivalente da Covid-19. Caso não tenha tomado ou se acima de 65 anos ou imunodeprimido, vá a uma unidade de saúde e tome, pois, a vacina evita os casos graves e internações.
Quanto à vacina da dengue, ainda não está disponível na rede pública, apenas na privada. São 2 doses, com intervalo de 3 meses. É uma vacina muito segura e eficaz. Protege em cerca de 90% internações e óbitos.
É uma vacina de vírus vivo atenuado, portanto não deve ser aplicada em gestantes, lactantes e imunodeprimidos.
No Brasil está liberada para a idade de 4 até os 60 anos.
Não descuide da sua saúde.
Dra. Natasha Slhessarenko é pediatra e patologista, representa Mato Grosso no CFM, é docente da UFMT, fundadora da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde e é Diretora Médica de Análises Clínicas do Laboratório Alta (desde 2018)

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