Oficina de Monitores promovida pelo REM MT fortalece projetos e autonomia de povos indígenas

“A gente tem que ser protagonista das nossas próprias histórias. Esse projeto do programa REM, está trazendo uma oportunidade muito importante para as populações indígenas”, avalia o cineasta Takumã Kuikuro, sobre a oficina de Monitores Indígenas, promovida pelo Programa REM MT. Na capacitação, 27 coordenadores de projetos indígenas vão se tornar monitores, aprendendo a como conduzir e trazer mais autonomia para as aldeias. Para monitorar os projetos que foram selecionados pelo Subprograma Territórios Indígenas do REM MT, indígenas serão capacitados pela TNC - The Nature Conservancy (TNC). Takumã relembra que antigamente não havia iniciativas de capacitação para povos indígenas, então a gestão e andamento do projeto dependia muito de não-indígenas. Presidente do Instituto da Família Altos Xingu, Takumã relata que o projeto da sua aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu, é voltado para o fortalecimento das brigadas indígenas, com intuito de promover educação ambiental, além de capacitar os indígenas, mas Takumã irá monitorar os projetos em outras terras indígenas.
A capacitação fortalece os povos originários, para que conquistem cada vez mais autonomia, reflete Takumã. “Estamos com essa oportunidade de aprender, pra que a gente possa andar com nossas próprias pernas. Eu acho isso muito importante, de nós estarmos aprendendo junto com outros povos indígenas, para que possamos executar nosso projeto dentro da comunidade, porque nós sabemos como nos comunicar com nossos próprios parentes”.
Fortalecimento cultural, apoio ao combate aos incêndios florestais e equidade de gênero são os principais objetivos dos projetos selecionados, explica a especialista em conservação junto aos povos e comunidades tradicionais da TNC, Luana Fowler.Capacitar monitores indígenas é importante para criar uma linha de base, para ter uma ideia de como esses projetos vão crescer dentro dos territórios e fortalecer as governanças. “Pra gente saber no futuro o ponto de partida que a gente saiu e aonde a gente vai chegar. Demonstrando então a importância de se inserir dentro das políticas públicas de mitigação do clima, dentro de todo o processo os povos indígenas, pra que eles também tenham protagonismo e autonomia no futuro”, conta Luana.De acordo com Marcos Ferreira, Coordenador do subprograma Territórios Indígenas, o programa REM tem entre os seus objetivos, melhorar o bem-viver dos povos indígenas de Mato Grosso. O instrumento que será utilizado para verificar se houve essa melhora é o Monitoramento Participativo, realizado pelos próprios indígenas. Este instrumento busca identificar as principais evidências de avanço, catalisando os resultados e os impactos dos esforços de implementação do Programa, em relação aos objetivos.
Este evento busca capacitar e iniciar o planejamento e implementação do Monitoramento Participativo nas 07 Regionais do Subprograma Territórios Indígenas do Programa REM-MT, com uso de ferramentas tecnológicas de coleta de dados, de registros fotográficos e geolocalização das informações sobre os projetos apoiados, tendo o Sistema GPWeb como repositório das informações coletadas.
É a primeira vez que o assistente social Elvis Rikbaktsa participa de uma capacitação de monitor. Ele ficou sabendo da oportunidade durante o Acampamento Terra Livre (ATL), realizado em Cuiabá. Com dois projetos na região Noroeste, Elvis aproveitou para se inscrever e desenvolver melhor os projetos Joias e Saberes da Floresta e Pacto dos Clãs.
A intenção é aproveitar o aprendizado do monitoramento para investir em mais projetos no futuro.
“A importância desse monitoramento é saber se realmente o projeto está andando conforme escrito e executado, para que no futuro a gente possa ter mais projetos, e se aprofundar mais nesse tema. Dependendo das reuniões das comunidades e territórios, podemos ver mais projetos que temos condições de gerir”, aponta.
Uma das mulheres na formação, Eloenia Ararua, também observa a importante participação das mulheres indígenas à frente de projetos. Também assistente social, Eloenia vai acompanhar três projetos: Ritual da Menina Moça, dos Nambikwara, das mulheres Rikbaktsa e no cerrado-pantanal, com o povo Umutina.
“Vi que tem algumas mulheres à frente de projetos, mas ainda é muito pouco em relação à participação masculina. A gente vê que é um processo de construção, ontem fizemos uns debates sobre essa questão, de ter esse olhar tanto para mulheres como para o grupo LGBTQIA+. É um processo, estamos construindo e quanto mais cedo a gente conversar sobre isso e quebrar barreiras, a gente vai conseguir avançar muito mais”, pontua Eloenia.
Assessoria/Caminho político
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