ALMT entrega Moção de Aplausos a engenheiras e geólogas que se destacam na profissão em MT

Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) entrega Moção de Aplausos para mulheres que exercem profissões na área de engenharia e geologia no estado. Requerida pelo deputado Carlos Avallone (PSDB), a cerimônia foi realizada no Plenário das Deliberações “Deputado Renê Barbour”, na noite de sexta-feira (23), data que marca a comemoração anual. Oitenta e cinco profissionais foram agraciadas com a honraria concedida a personalidades que se destacam e contribuem para consolidar o espaço das mulheres numa profissão, majoritariamente, desempenhada por homens. “O lugar da mulher é onde ela quiser e na engenharia são muito bem-vindas. É muito bom poder homenagear as mulheres que, com força e determinação, já romperam muitas barreiras da profissão”, destacou o Avallone.
O parlamentar destacou que a luta pela igualdade de gênero faz parte das metas transformadoras para o desenvolvimento sustentável defendido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que o espaço e os direitos profissionais das mulheres precisam ser reforçados para eliminar as diferenças de gêneros no trabalho. “Deveria ser tudo igual, mas infelizmente ainda não é. As mulheres sofrem mais preconceitos, têm mais dificuldades com jornadas duplas ou triplas e ainda recebem salários menores”, afirmou. “Precisamos reconhecer essas diferenças e desenvolver políticas públicas para avançar mais rápido para mudar essa triste realidade”, defendeu.
Para a vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Lis Sueli Barco Hernandes de Moraes, a iniciativa é um importante reforço na luta por maior visibilidade, inclusão e igualdade profissional das mulheres. “Hoje, o número de mulheres exercendo a engenharia aumentou muito, mas sabemos que muitas concluem a formação e não conseguem se inserir no mercado devido às barreiras de oportunidade, de diferenças salariais e até mesmo questões sociais que recaem sobre as mulheres”, afirma a vice-presidente. Segundo ela, Mato Grosso tem hoje 75 mil profissionais credenciados, destes apenas 12 mil são mulheres. “Homenagear essas profissionais que se consolidaram na carreira, encoraja e fortalece outras mulheres. Porque não falta capacidade, o que falta muitas vezes são condições sociais para que essas mulheres estejam no mercado”, defendeu.
“Numa profissão onde a presença dos homens é predominante, ser mulher é um desafio diário, desde o ingresso na faculdade”, afirma uma das homenageadas, a engenheira civil Edinete Guimarães. Ela conta que foi uma das cinco mulheres que concluiu o curso, em uma turma de trinta alunos. “Quando entrei no mercado de trabalho, vi que precisava ser mais obstinada e determinada para consolidar a carreira”, lembra. “Preta, pobre e ainda mulher, com três filhos para criar, também venci muitas barreiras de preconceitos”, conclui com orgulho.
Com doze anos de formada, a engenheira florestal Suzana Pacheco Pereira reforça que a escolha profissional ainda é um desafio para o universo feminino. “Existe um imaginário ainda muito forte sobre profissões mais adequadas para as mulheres e isso impacta na hora que decidimos nos capacitar”, afirma. “A área de exatas não costuma ser a primeira escolha das mulheres. Eu mesma cursei um ano de Serviço Social, por influência da família e amigas, antes de reconhecer minha vocação para exatas e mudar de curso”, conclui.
Segundo o conselheiro do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Mário Cavalcanti de Albuquerque, a participação das mulheres nas engenharias, agronomia e geociências corresponde a quase 30% da força de trabalho. Nessa perspectiva, para fortalecer a participação delas no sistema, ele destacou a criação do programa “Crea Mulher”, instituído em 2019. “Todas as regionais têm um espaço para incentivar as mulheres a se engajarem e terem mais protagonismo em todas as esferas do sistema e entidades que representam as classes”, afirmou.
A geóloga Sheila Klener está à frente do Crea Mulher em Mato Grosso e falou sobre o desafio de coordenar o programa. “É um projeto recente e com grande desafio de contribuir para criar mais oportunidades de valorização para empoderar as mulheres tanto para a escolha como para o exercício da profissão. “Precisamos abrir cada vez mais caminhos para meninas e mulheres ocuparem espaços profissionais”, defendeu. “Na engenharia, ainda que o cenário tenha começado a mudar, é preciso muito trabalho para aumentar ainda mais a participação das mulheres neste campo e em posições de destaque”, defendeu. “Reconhecer e homenagear essas profissionais motiva engenheiras e futuras engenheiras”, complementou.
Assessoria/Caminho Político
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