A maior parte das famílias em Cuiabá segue controlando suas dívidas, pois 72,7% encerraram o mês de julho com contas parceladas. O percentual foi o mesmo observado em janeiro e abaixo do verificado em julho de 2020, quando 73,6% se encontravam nesta condição. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF-MT).
Com relação à inadimplência, ou seja, quando as famílias não conseguem honrar suas dívidas, este foi o segundo recuo consecutivo da pesquisa, onde 32,3% das famílias endividadas possuem contas atrasadas, sendo que 8,8% afirmaram que não conseguirão quitá-las. Os percentuais são menores do que os registrados no início do ano e em relação a julho passado.
De acordo com o diretor de pesquisa do IPF-MT, Maurício Munhoz, diferente dos dados registrados em Cuiabá, em nível nacional, o aumento da inadimplência mostra preocupação. “O fato de estarmos no estado do agro, atravessando um super ciclo econômico das commodities e, consequentemente, de desenvolvimento, ajuda a explicar o porquê de Mato Grosso estar na contramão do país, que apresentou o terceiro aumento consecutivo de inadimplência”, afirmou.
O percentual de famílias em Cuiabá que declararam ter como principal tipo de dívida o cartão de crédito se repetiu em julho (70%). Já o uso de boletos caiu 2,5 pontos percentuais no comparativo mensal e chegou a 36,4%. Com relação à renda familiar, 90% das famílias que recebem acima 10 salários mínimos têm o cartão de crédito como principal tipo de dívida.
Maurício Munhoz explica, ainda, que o aumento recente da taxa Selic, que foi a 5,25%, pode interferir para a elevação da inadimplência. “O crescimento da taxa de juros no país, que deve continuar aumentando neste ano, vai encarecer as dívidas, principalmente na modalidade mais buscada pelos endividados hoje, que é o cartão de crédito”.
Assessoria/Caminho Politico
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