
O anúncio dos cortes veio após se intensificarem os efeitos da disseminação global da doença covid-19. Os voos para a China e o Irã estão suspensos até o final de abril, enquanto restrições impostas por Israel à chegada de pessoas não residentes de alguns países da União Europeia (UE) levaram a diretoria da Lufthansa a cancelar todos os voos para o país até 28 de março.
Quase um quinto da frota da Lufthansa deixará de voar, sendo que 150 aeronaves já estão nos hangares, incluindo 25 aviões que fazem voos de longa distância.
Uma parte significativa dos cancelamentos afetará voos domésticos de alta frequência para cidades como Berlim ou Hamburgo, e para os centros de operação da empresa em Frankfurt e Munique. Nesses dois aeroportos, a Lufthansa cogita ainda deixar em solo todos os 14 Airbus A380 – o maior avião de passageiros do mundo.
O "segundo foco nos cancelamentos de rotas" é a Itália, incluindo cidades como Milão, Veneza e Roma. Outros países europeus também serão afetados.
Anteriormente, a empresa havia informado que a suspensão de 25% de suas operações significaria 7,1 mil cancelamentos em toda a Europa, até o final de sua tabela de inverno, em 28 de março.
A Lufthansa suspendeu novas contratações de pessoal e ofereceu licenças não remuneradas para seus funcionários, além de considerar diminuir as horas trabalhadas para evitar demissões. A companhia alemã afirma que ainda não é possível estimar os prejuízos em razão do coronavírus.
A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) alertou recentemente que o impacto no setor da aviação deverá ser de entre 63 e 100 bilhões de dólares.
A medida vem num momento em que as infecções pelo novo coronavírus ultrapassam a marca de 100 mil casos em todo o mundo. A doença já chegou a 90 países e matou quase 3.400 pessoas, enquanto mais da metade dos contaminados se recuperou. Na China, epicentro do surto, o número de casos vem retraindo.
RC/afp/rtr/cp
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