
O número de ferimentos graves na noite de Ano Novo tem crescido nos últimos anos, especialmente de casos em que são constatadas lesões em olhos e ouvidos, segundo o médico Tobias Lindner, diretor do setor de atendimento de emergência da clínica Virchow, em Berlim, que faz parte do hospital universitário Charité.
Clínicas de oftalmologia alemãs têm registrado nos dias em torno do réveillon, em cada um dos dois anos passados, mais de 800 casos de ferimentos de olhos por causa de pirotecnia, segundo a Sociedade Alemã de Oftalmologia.
As leis do país proíbem a queima de fogos fora dos dias 31 de dezembro e 1° de janeiro. Possuir, vender e detonar fogos de artifício é crime que pode ser punido com até três anos de prisão ou multa de até 50 mil euros.
Neste sábado, a Agência Alemã de Meio Ambiente (UBA, na sigla em alemão) apelou para que as pessoas não usem fogos de artifício, sobretudo por causa dos danos ambientais. A presidente da UBA, Maria Krautzberger, afirmou que quem não solta fogos contribui para uma menor poluição do ar.
Segundo ela, no réveillon a poluição do ar aumenta de forma maciça. Em entrevista ao jornal Rheinische Post ela afirmou que em muitos lugares da Alemanha a concentração de material particulado liberado no ar no dia 1° de janeiro bate recordes do ano.
O material particulado é um conjunto de poluentes que permanecem suspensos no ar devido ao seu tamanho, podendo ser aspirados. Essas partículas são prejudiciais à saúde, podem causar câncer no pulmão e infarto.
Segundo Krautzberger, em torno de 4,5 mil toneladas de material particulado são liberadas na atmosfera na noite de Ano Novo em toda a Alemanha. "Isso corresponde a cerca de 15,5% do que é produzido anualmente pelo trânsito rodoviário”, frisou.
MD/dpa/afp/kna/cp
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