País registra dois anos seguidos de resultados negativos, algo só observado na década de 1930. Resultado foi pior do que o esperado pelo mercado financeiro, mas melhor do que a estimativa do Banco Central. O produto interno bruto (PIB) do Brasil em 2016 registrou uma queda de 3,6%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (07/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o segundo ano consecutivo de queda e uma confirmação de que o Brasil atravessa a pior recessão econômica da sua história.
Em 2015, o PIB brasileiro já havia recuado 3,8%. Segundo dados do IBGE, o Brasil só havia registrado dois anos seguidos de queda em 1930 e 1931 – quando o Brasil sentia os efeitos da grande depressão provocada pelo crash da Bolsa de Nova York e os efeitos da revolução de 30. À época, o recuo foi de 2,1% e 3,3%, respectivamente.
Na atual série histórica, iniciada em 1996 pelo IBGE, as duas quedas sucessivas se somaram a um crescimento pífio de 0,1% em 2014.
A queda de 2016 foi generalizada entre todas as atividades econômicas. Em valores correntes, o PIB chegou a 6,266,9 trilhões de reais no ano passado, e o PIB per capita ficou em R$ 30.407 – uma redução de 4,4% em comparação com 2015.
O desempenho negativo foi puxado principalmente pelo desempenho da agropecuária, que caiu 6,6%. Indústria e serviços também registraram queda: -3,8% e - 2,7%, respectivamente.
A queda já era esperada por analistas, que apostavam em uma baixa de 3,5%. O Banco Central, no entanto, apostava em uma queda ainda maior, de 4,55%, de acordo com o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) divulgado em fevereiro.
Autoria Jean-Philip Struck
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