"Não vamos abrir mão do nosso ofício. Não vamos abrir mão da nossa paixão. Que nossas vidas não se vejam ditadas por esta violência", declarou em entrevista concedida à emissora RTL.
Riss, baleado durante o ataque de 7 de janeiro de 2015 e que substituiu o falecido Charb como diretor, considera que a forte vigilância policial que lhe rodeia desde então é "um mal necessário".
O jornal lançou na última quarta-feira um número especial no qual reforçava que o atentado cometido na redação foi um "crime político"."Os que foram assassinados eram personalidades comprometidas, que defendiam ideias precisas, formas de expressão particulares, como as ilustrações satíricas. , disse.
O cartunista comentou que o dia 7 de janeiro passou a ser uma data simbólica: "Todos os dias são um pouco 7 de janeiro. Nós o temos na memória e é difícil esquecê-lo."
Há exatos dois anos os irmãos Said e Cherif Kouachi, fundamentalistas islâmicos, invadiram a redação do jornal e dispararam contra a equipe da publicação. Além de Charb, os cartunistas Cabu, Wolinski e Tignous estavam entre mortos. Após o ataque, o slogan "Je suis Charlie" viralizou mundo afora.
O jornal era considerado há muito tempo um possível alvo de extremistas islâmicos por publicar charges do profeta Maomé.
LPF/efe/afp
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