"Projeto Territoriar transforma ambiente escolar no Caic do Jardim Alá"

Pellentesque erat arcuParte dos sonhos de criança do pequeno Samuel Vitor Malta de apenas 9 anos foi realizada nesta manhã (6) ao chegar a sua escola Gonçalo Domingos de Campos (Caic), no Jardim Alá, que pode pela primeira vez brincar no parquinho inaugurado juntamente com a biblioteca, batizada como espaço ressignificado ‘Professora Sílvia Arruda’. Toda a transformação realizada no ambiente escolar foi possível por meio da inserção da escola no Projeto Territoriar que envolveu parcerias, uniu alunos, comunidade escolar e moradores dos bairros vizinhos.

Samuel conta que a escola não parecia uma escola. Ele queria um espaço para brincar, queria espaços coloridos, mais livros e se destacou no momento em que o Projeto Territoriar foi ouvir o que os alunos desejavam modificar dentro do ambiente escolar.
Como explica o secretário municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Sílvio Fidelis, entre todos os alunos, o Samuel, que está no 3º ano, foi o que melhor expôs a necessidade dos alunos. “Expressou melhor a sua sensibilidade e hoje está aqui feliz, diante de uma escola com novo significado para ele, o que é justamente o objetivo do projeto Territoriar que é dar ao aluno espaços amplos e com infraestrutura necessária”.
O projeto Territoriar foi implantado no Caic do Jardim Alá em parceria com a secretaria municipal de Educação com o Centro Marista de Defesa da Infância, da Rede Marista de Solidariedade do Paraná, com base nas diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE/MEC). Como explica a educadora do Territoriar, Daniele Santos, o objetivo do projeto é contribuir com a qualificação da educação pública por meio da ressignificação (é o método utilizado em neurolinguística para fazer com que pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo) de espaços educativos ao considerar as especificidades de cada criança e território. “Para isso, são criados Comitês Multidisciplinares em todas as escolas, com a participação de crianças, familiares, educadores, gestores, voluntários, representantes da secretaria municipal de Educação e demais instituições do Sistema de Garantia de Direitos. Todas as mudanças aqui no Caic foram construídas mediante o diálogo, ouvindo os educandos, professores e a comunidade”.
Em regime de mutirão, pais, alunos e servidores da escola pintaram, reformaram móveis, limparam a área externa, reciclaram materiais e para os serviços mais pesados, contaram com o apoio das equipes de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana. O parquinho tem piso emborrachado e brinquedos. Na biblioteca, a mobília foi recuperada, como mesas e estantes e o acervo foi construído por doações.
A diretora da escola, Selcilene Gonçalves, lembrou que o Caic foi a primeira a receber o projeto municipal de Escola em Tempo Ampliado (ETA), que está ofertando aos estudantes do 6º ao 9º, além da grade normal, oficinas no período vespertino que reforçam o aprendizado e contribuem para a socialização e concentração dos jovens. “Toda essa transformação que vem sendo feita desde o início do ETA foi base para a grande ação de voluntariado promovida pelo projeto Territoriar. A biblioteca, por exemplo, era um espaço abandonado, sem uso. Nossa escola é a demonstração do que a força de vontade é capaz de fazer”.
Roberto Correia da Silva, que representou os pais dos alunos, disse que os projetos Territoriar e a Escola em Tempo Ampliado trouxeram a família para dentro da escola. “Havia uma descrença, mas agora temos pais e mães do Jardim Alá, do Jardim Esmeralda, do Mappim, do Jardim Imperial e do Terra Nova participando e acompanhando a vida escolar dos filhos e mais que isso, ajudando a melhorar esse ambiente, pois o que fazemos aqui, estamos fazendo para melhorar a qualidade de ensino dos nossos filhos”.
O secretário de Educação, Sílvio Fidelis, reforçou que muito mais do que a nova ambiência do Caic, o mais importante é a união entre a comunidade escolar. “O Caic que estamos construindo agora é muito diferente do que tínhamos há um ano. O pontapé inicial foi o ETA e a chegada do Territoriar só reforça a mudança que estamos vivenciando aqui na escola, que vai da base no programa pedagógico até no visual do Caic. Pais presentes, escola aberta à comunidade, alunos interessados, engajados e alunos e professores cada vez mais envolvidos. Essas conquistas são duradouras e fazem de fato a diferença na qualidade do ensino varzeagrandense”.
A representante do projeto Territoriar, Daniele Santos, entregou ao secretário de Educação e à direção da escola, documento que relata toda a produção desenvolvida durante o percurso de formação do projeto no Caic com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade das ações e avanço das parcerias de voluntariado.

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