"Crise econômica derruba produção industrial e vendas do setor automobilístico"

A recessão econômica patrocinada pelo governo da presidente Dilma Rousseff fez com que a produção industrial atingisse a sua pior sequência de queda desde o início da série histórica do setor, em 2002. Em novembro de 2015, a produção da indústria sofreu uma queda de 2,4% em comparação ao mês anterior. É o pior desempenho para o mês desde novembro de 2008, quando a baixa foi de 4,4%. O deputado estadual Antonio Ramalho (PSDB-SP), conhecido como Ramalho da Construção, afirmou que a situação pode fazer com que o desemprego afete cada vez mais as famílias brasileiras.
As informações são de reportagem desta quinta-feira (07/01) do jornal Valor Econômico. De acordo com a publicação, a produção industrial brasileira caiu 12,4%, comparada com novembro de 2014. É a queda mais expressiva desde 2003. Especialistas esperavam um recuo de 10%.
A queda da produção industrial também impactou fortemente nas vendas do setor automobilístico. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a venda de automóveis, veículos leves, caminhões e ônibus caiu 26,6% no ano passado, em relação a 2014. A produção também caiu bastante: o recuo foi de 22,8%.
Para Ramalho, que é presidente de honra do Núcleo Sindical do PSDB, a situação da indústria brasileira reflete a crise econômica em que o governo PT mergulhou o país.
“Vejo com muita tristeza esse lamentável problema na área econômica brasileira. O governo não consegue encontrar a porta de saída da crise, para o Brasil voltar a crescer. O governo se perdeu de forma tal que sequer conhece a máquina. Deixou a máquina andando mas, infelizmente, a máquina pifou”, disse.
Desemprego
Ramalho destacou que a crise na indústria abre as portas para um problema social que afeta milhares de famílias: o desemprego. Segundo ele, as estatísticas que apontam o crescimento vertiginoso da desocupação no Brasil falham em refletir a realidade porque levam em conta apenas os trabalhadores com carteira assinada. Se fossem computados todos os trabalhadores informais do país, o número seria bem pior.
“O governo já demonstrou em mais de uma ocasião a sua incompetência. Para resolvermos de vez a questão da indústria e do desenvolvimento, precisamos de um verdadeiro líder”, destacou.
O parlamentar criticou ainda a política econômica da gestão petista, que corta verbas de áreas fundamentais ao invés de reduzir o peso da própria máquina pública. “O governo escolhe tirar dinheiro da Polícia Federal, da Justiça, e não busca condições para o Brasil voltar a crescer. Os fundos internacionais não investem no Brasil porque o pessoal não acredita. Nosso governo ficou sem credibilidade. Governar sem popularidade até que é possível, sem credibilidade é impossível”, considerou.
“Estamos sem rumo. O rumo certo tem que vir através de rendimento, com uma política para reduzir a carga tributária. O problema é que a estratégia do governo é outra, a de aumentar impostos. Isso engessa a população”, completou Ramalho.

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