A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) protocolou representações no Ministério Público Federal (MPF) e no Ministério Público Militar (MPM) contra o Clube Militar, sediado no Rio de Janeiro, por suposta apologia ao golpe de Estado de 1964. O pedido foi motivado por um almoço comemorativo realizado na última semana, promovido em conjunto com o Clube Naval e o Clube da Aeronáutica. “É um momento histórico e não vai ficar nunca embaixo do tapete. O 31 de março permanece na histórica como acontecimento determinante para evolução do brasil”, disse o presidente do clube, general Sérgio Tavares Carneiro, na abertura do evento.
A deputada argumenta que a iniciativa configura uma tentativa de naturalizar a intervenção das Forças Armadas na política, especialmente após os atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023. Nos documentos encaminhados ao MPF e ao MPM, Bonavides aponta possíveis infrações como apologia ao golpe de Estado, incitação ao crime e incitação à animosidade entre as Forças Armadas e os poderes civis.
Ela também acusa o Clube Militar de violar normas que proíbem manifestações políticas por parte de militares, mesmo na reserva. Embora seja uma entidade privada e sem fins lucrativos, o Clube Militar é tradicionalmente composto por oficiais das Forças Armadas. Para Bonavides, a estrutura tem sido usada para promover discursos que atentam contra a ordem democrática. A CNN tenta contato com o Clube Militar. A denúncia ocorre em meio ao avanço das investigações sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros militares e aliados por suposta participação na elaboração de um plano golpista para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Leonardo Ribbeiro/Caminho Político
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