Em mais uma tarde de entrevistas no estúdio de vidro do projeto “Diálogos com a Sociedade”, a Rádio CBN Cuiabá recebeu a procuradora de Justiça Josane Fátima de Carvalho Guariente, o promotor de Justiça Roberto Farinazzo e a procuradora do Estado de Mato Grosso Glaucia Anne Kelley Rodrigues do Amaral, nesta terça-feira (18). Os entrevistados falaram sobre a ressocialização de mulheres privadas de liberdade, por meio do Projeto Reconstruindo Sonhos e do Método Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), no sistema carcerário de Mato Grosso.
“O foco principal do Projeto Reconstruindo Sonhos é o ser humano e, além do estudo e do trabalho, é essencial que aquela pessoa que errou, que feriu a sociedade, repense sobre aquilo que ela fez”, declarou a procuradora de Justiça Josane Guariente, que também é coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Execução Penal, ao falar sobre o projeto do MPMT.
Criado no ano de 2020, o Reconstruindo Sonhos teve sua primeira turma implementada efetivamente em setembro de 2021 na unidade Penitenciária Feminina de Cuiabá Ana Maria do Couto May.
“Iniciar a primeira turma do Reconstruindo Sonhos na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May foi como resgatar o feminino dessas mulheres, a alma feminina, para que elas tenham força suficiente para, quando saírem da prisão, não voltem a sucumbir e tenham uma vida digna”, declarou a procuradora.
O promotor de Justiça Roberto Farinazzo destacou a baixa reincidência dos detentos que participam do projeto. “Em Mato Grosso, aproximadamente 500 reeducandos já passaram pelo Reconstruindo Sonhos e, desse total, apenas 12% reingressaram durante esses quatro anos de existência do projeto. Então, com uma certa clareza, a gente percebe que os detentos que participaram do projeto retornaram minimamente para o sistema carcerário”, declarou.
Para o promotor de Justiça, o projeto coordenado pelo Ministério Público “agradou a gregos e troianos”. “A gente recebe muita demanda por parte dos diretores das unidades prisionais. Ou seja, a polícia penal quer que o Reconstruindo Sonhos seja implementado nas mais diversas unidades e os detentos também querem. Portanto, é uma iniciativa que agradou tanto a polícia penal quanto os detentos”, enfatizou Roberto Farinazzo, que é coordenador-adjunto do CAO da Execução Penal.
Já a procuradora do Estado de Mato Grosso Glaucia Amaral disse ver nas mulheres segregadas no sistema prisional um público com maiores chances de ressocialização. “Eu vejo as mulheres que estão cumprindo pena como um público que, talvez, nós possamos ter mais esperança de ressocialização”, afirmou a procuradora.
Ela também destacou a importância de as policiais penais terem treinamento de perspectiva de gênero. “Essas policiais precisam entender a realidade e o fenômeno que levou essas mulheres até ali, que são diferentes do que acontece em prisões masculinas”, apontou.
“A mulher passa por um ‘complexo de Cinderela’, onde, desde menina, abre mão de si própria, de se qualificar, confiando na idealização do ‘príncipe encantado’. E, nesses anos em que atuei na Execução Penal em Cuiabá e Várzea Grande, visitando a penitenciária feminina, é assustador ver quantas mulheres deixaram de lado seus destinos para se envolver com criminosos. Quando falamos sobre a ressocialização feminina, o índice de recuperação é incrivelmente alto. Então, se falamos que a mulher tem uma alta capacidade de recuperação, é porque ela tem”, declarou Josane Guariente.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Execução Penal destacou também o fomento ao Método Apac. “Nós temos o intento de iniciar o projeto piloto com uma Apac feminina, como parte do Planejamento Estratégico do Ministério Público de Mato Grosso, e a participação da comunidade é importante para ter vez e voz, e conhecer o que acontece intramuros, porque o Estado não consegue resolver tudo sozinho, precisa da sociedade”, revelou.
As entrevistas do projeto Diálogos com a Sociedade seguem até o dia 11 de abril, das 14h às 15h, no estúdio de vidro localizado na entrada principal do Pantanal Shopping, com transmissão ao vivo pelo canal do MPMT no YouTube. A iniciativa é viabilizada por meio de parcerias com empresas privadas. São parceiros do MPMT nesta edição o Pantanal Shopping, Rádio CBN, Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Unimed Mato Grosso, Bodytech Goiabeiras e Águas Cuiabá.
“O foco principal do Projeto Reconstruindo Sonhos é o ser humano e, além do estudo e do trabalho, é essencial que aquela pessoa que errou, que feriu a sociedade, repense sobre aquilo que ela fez”, declarou a procuradora de Justiça Josane Guariente, que também é coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Execução Penal, ao falar sobre o projeto do MPMT.
Criado no ano de 2020, o Reconstruindo Sonhos teve sua primeira turma implementada efetivamente em setembro de 2021 na unidade Penitenciária Feminina de Cuiabá Ana Maria do Couto May.
“Iniciar a primeira turma do Reconstruindo Sonhos na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May foi como resgatar o feminino dessas mulheres, a alma feminina, para que elas tenham força suficiente para, quando saírem da prisão, não voltem a sucumbir e tenham uma vida digna”, declarou a procuradora.
O promotor de Justiça Roberto Farinazzo destacou a baixa reincidência dos detentos que participam do projeto. “Em Mato Grosso, aproximadamente 500 reeducandos já passaram pelo Reconstruindo Sonhos e, desse total, apenas 12% reingressaram durante esses quatro anos de existência do projeto. Então, com uma certa clareza, a gente percebe que os detentos que participaram do projeto retornaram minimamente para o sistema carcerário”, declarou.
Para o promotor de Justiça, o projeto coordenado pelo Ministério Público “agradou a gregos e troianos”. “A gente recebe muita demanda por parte dos diretores das unidades prisionais. Ou seja, a polícia penal quer que o Reconstruindo Sonhos seja implementado nas mais diversas unidades e os detentos também querem. Portanto, é uma iniciativa que agradou tanto a polícia penal quanto os detentos”, enfatizou Roberto Farinazzo, que é coordenador-adjunto do CAO da Execução Penal.
Já a procuradora do Estado de Mato Grosso Glaucia Amaral disse ver nas mulheres segregadas no sistema prisional um público com maiores chances de ressocialização. “Eu vejo as mulheres que estão cumprindo pena como um público que, talvez, nós possamos ter mais esperança de ressocialização”, afirmou a procuradora.
Ela também destacou a importância de as policiais penais terem treinamento de perspectiva de gênero. “Essas policiais precisam entender a realidade e o fenômeno que levou essas mulheres até ali, que são diferentes do que acontece em prisões masculinas”, apontou.
“A mulher passa por um ‘complexo de Cinderela’, onde, desde menina, abre mão de si própria, de se qualificar, confiando na idealização do ‘príncipe encantado’. E, nesses anos em que atuei na Execução Penal em Cuiabá e Várzea Grande, visitando a penitenciária feminina, é assustador ver quantas mulheres deixaram de lado seus destinos para se envolver com criminosos. Quando falamos sobre a ressocialização feminina, o índice de recuperação é incrivelmente alto. Então, se falamos que a mulher tem uma alta capacidade de recuperação, é porque ela tem”, declarou Josane Guariente.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Execução Penal destacou também o fomento ao Método Apac. “Nós temos o intento de iniciar o projeto piloto com uma Apac feminina, como parte do Planejamento Estratégico do Ministério Público de Mato Grosso, e a participação da comunidade é importante para ter vez e voz, e conhecer o que acontece intramuros, porque o Estado não consegue resolver tudo sozinho, precisa da sociedade”, revelou.
As entrevistas do projeto Diálogos com a Sociedade seguem até o dia 11 de abril, das 14h às 15h, no estúdio de vidro localizado na entrada principal do Pantanal Shopping, com transmissão ao vivo pelo canal do MPMT no YouTube. A iniciativa é viabilizada por meio de parcerias com empresas privadas. São parceiros do MPMT nesta edição o Pantanal Shopping, Rádio CBN, Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Unimed Mato Grosso, Bodytech Goiabeiras e Águas Cuiabá.
Assista aqui à entrevista na íntegra.
ANDRÉ MACEDO estagiário escreve sob a supervisão da jornalista Ana Luíza Anache/Caminho Político
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