Temer: Dizer que direita é contra o pobre e esquerda a favor é um equívoco

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), disse nesta terça-feira (18) que é um equívoco afirmar que a direita é contra o pobre, assim como a esquerda, a favor. De acordo com ele, os conceitos são "eleitoreiros".
"Muitas e muitas vezes se diz que quem é da chamada direita é contra o pobre, e quem é da chamada esquerda é a favor do pobre, isso é um equívoco", afirmou Temer durante o Encontro Mato-grossense de Municípios, em Cuiabá, promovido pelo Tribunal de Contas do estado. "Esses conceitos, são conceitos eleitoreiros. Aqui no Brasil, estabelecemos muito uma guerra entre o empregado e o empregador", adicionou.
Ainda segundo ele, ambas as ideologias foram "inteiramente superadas" após a queda do muro de Berlim em 1989. "Muito se fala em esquerda, direita, extrema esquerda, extrema direita, centro, centro-direita... sabe que esses conceitos estão inteiramente superados, superadíssimos. Isso caiu quando caiu o mundo de Berlim", continuou o ex-presidente.
"Eu digo sempre: vai perguntar para o sujeito que está passando fome se ele é esquerda, direita ou centro, ele vai dizer, eu quero um pão". Harmonia entre os Poderes Ainda durante o evento, que reuniu 142 municípios na capital mato-grossense, Michel Temer comentou sobre as responsabilidades e limites do Executivo e do Legislativo. "Muitas vezes se acha que o presidente pode tudo fazer, ele não pode", declarou o político do MDB. "Quem governa o país é o Executivo, juntamente com o Legislativo. Essa interação é fundamental, por uma razão também de natureza constitucional", completou.
Para Temer, uma "harmonia entre os Poderes" precisa ser considerada. "Do instante que vejo o país, poderes litigando entre si, os órgãos do poder muitas vezes litigando entre si", disse.
"Essa equação de uma harmonia dos poderes é que tem que ser levada em conta", ressaltou. À CNN, no início deste mês, o ex-chefe do Executivo defendeu o debate sobre o semipresidencialismo no Brasil. Segundo ele, uma proposta deve alterar o regime de poder no país apenas a partir de 2030, e a medida deveria ser aprovada por deputados, senadores e passar por um referendo popular.
Manoela Carlucci/Maria Clara Matos/Caminho Político
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