Nesta sexta-feira (08.11), o painel “Mineração, Mapeamento Geológico e Pesquisa Mineral”, realizado na 2ª Expominério, reuniu o geólogo e doutor em Geoquímica, Ronaldo Pierosan, e o assessor técnico da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), o geólogo Léo Adriano de Oliveira, para compartilharem experiências e perspectivas sobre o papel do mapeamento geológico e o apoio a pequenos produtores minerais no desenvolvimento sustentável da mineração em Mato Grosso. Pierosan apresentou um projeto inovador de mapeamento geológico e geoambiental desenvolvido em parceria com a Metamat e a Prefeitura de Guarantã do Norte.
“Buscamos dar um detalhamento maior sobre a geologia da região, identificando diferentes rochas e recursos minerais, como areia, argila, brita, além de ouro, cobre, chumbo e zinco. O mapeamento contribui para a definição das áreas mais promissoras para novas descobertas minerais e auxilia no planejamento urbano, ao indicar as regiões de maior vulnerabilidade ambiental, muitas delas próximas à área urbana”, explicou.
Para Pierosan, o mapeamento geológico é crucial para o desenvolvimento da mineração, especialmente de minerais críticos, considerados estratégicos para a economia global. Ele destacou a apresentação da advogada Gabriela Salazar, que citou países como Canadá, Estados Unidos e Austrália, líderes na exploração de minerais críticos, como exemplos de nações que priorizam o mapeamento geológico em suas políticas de mineração.
“Isso subsidia políticas públicas, como a expansão urbana em áreas de menor impacto ambiental, promovendo um crescimento mais sustentável”, afirmou.
Já Léo Adriano de Oliveira abordou o papel da Metamat como instituição de apoio à mineração no estado. Desde sua criação, em 1971, a companhia tem sido essencial para o setor, mas passou por mudanças a partir de 2004, quando deixou de requerer áreas diretamente para evitar competição com empresas privadas. Desde então, a Metamat foca no apoio a pequenos produtores minerais, cooperativas e garimpeiros, promovendo a inclusão e a regularização desses grupos.
Um dos projetos de destaque é o trabalho com a Coogavepe, cooperativa que começou pequena, com cerca de 20 associados, e hoje é a maior produtora de ouro de garimpo do Brasil, com cerca de 7 mil membros.
“O município de Peixoto de Azevedo, onde a cooperativa atua, produz 6,5 toneladas de ouro por ano, gerando cerca de R$ 60 milhões em arrecadação federal e estadual. Parte dos recursos são destinados à recuperação de áreas degradadas”, ressaltou Oliveira.
Além da regulação minerária, a Metamat também realiza projetos sociais, como a perfuração de poços em comunidades carentes e quilombolas.
“Nossa atuação busca apoiar os pequenos e trazer o conhecimento sobre a mineração em Mato Grosso ao público, mostrando que iniciativas locais podem ter impactos grandiosos no desenvolvimento do estado”.
Sobre a Expominério 2024
A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras e cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.
O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.
Assessoria/Expominério/Caminho Político
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