Meus leitores, a postagem deste blogdoeduardogomes chega ao fim. A partir de 1º de novembro todos os ícones serão cobertos com uma tarja informando sua desativação, mas até lá, ou pouco antes, manterei a página, pois preciso postar quatro matérias para atender pedidos com os quais assumi compromisso editorial. Agradeço aos que leram meus textos, os informativos de agências e os artigos de opinião que foram enviados ao blog. Por uma razão desativo o blog: falta de faturamento, condição esta, irreversível por minha linha editorial, que jamais será aceita pelos anunciantes públicos – é dispensável detalhar sobre isto. Ficar sem a mídia pública significa, também, não ter anunciante da iniciativa privada, pois o empresário, por prudência, não associa sua marca ou seu produto a um veículo de Comunicação que foge aos padrões regionais ditos convencionais – do silêncio ou da subserviência ou ainda ambos.
Dia após dia, mês após mês e até ano após ano, sem nenhuma receita procurei manter o blog. Porém, a dedicação ao jornalismo num veículo que exige dedicação diária torna-se impossível, pois a mesma requer tempo, e as horas a ele dedicadas comprometem meu modesto trabalho fora do blog.
Os curto período que resta para as postagens aqui serão de entusiasmo, de dedicação, de responsabilidade editorial como no primeiro dia. Fecho a página do blog sem mágoa nem sentimento de derrota. Todos sabemos que o sistema dominante não aceita questionamento nem desafios; sabemos que verdade para o sistema é somente aquela que lhe interessa; sabemos que não participar ou se curvar a ele invariavelmente resulta em portas fechadas, ações judiciais e perseguições.
Não posso reclamar por conta da inviabilização do blog em razão do caminho que escolhi mesmo sabendo das consequências da minha opção. Porém, preferi permanecer avançando sem mudar a direção, pois assim aprendi com meu saudoso pai Agenor Vieira de Andrade que deixou exemplos de honradez e dignidade na vida pública e no exercício de suas atividades.
Peço a Deus que lance luz sobre o jornalismo mato-grossense, antes que o modelo atual corrompa os novos jornalistas, por sua prática amestrada nas redações – faço ressalva e digo que há exceções.
Fica minha gratidão e ao analisar minha decisão sinceramente sinto que caí, mas para cima. Muito obrigado!
Com a devida vênia cito o pensador francês Voltaire: “Discordo do que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo.
Cuiabá, 20 de outubro de 2024
Eduardo Gomes de Andrade – jornalista e escritor
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