Vivência inédita traz a potência de quatro artistas africanos em três apresentações em agosto

"Ẹ̀taare - A Semente" é baseado no diálogo entre as referências musicais e artísticas de três culturas do Continente Africano em solo brasileiro. Ẹ̀taare - A Semente (Afriká no Sul) é uma vivência inédita de músicas, dança e poesias tradicionais africanas. Nessa vivência/show, Ìdòwú Akínrúlí (Nigéria) convida Kanhanga (Angola), Loua Pacom Oulaï (Costa do Marfim) e Kizua (Angola) para compor o grupo. Com repertório rico, baseado no diálogo entre as referências musicais e artísticas de cada um dos participantes, o espetáculo propõe o encontro de três culturas do Continente Africano em solo brasileiro.
A vivência é conduzido por meio do compartilhamento de histórias de sabedoria e filosofia africana, contadas por poesias, canções tradicionais e também pelos ritmos dos tambores tradicionais: a família do Bàtá, Djembe e Dunnu. Segundo o artista Ìdòwú Akínrúlí, idealizador do projeto, “o show é capaz de transportar o público em uma viagem pelo Atlântico e aportar em terras africanas”.
Em cena, quatro imigrantes conduzem uma vivência com o público, compartilhando seus conhecimentos, musicalidade e experiências de vida. “O poder desse encontro está, também, na representatividade dos artistas imigrantes, que, apesar de todas as dificuldades que essa condição os reserva, seguem sorrindo, felizes e dispostos a compartilhar seus conhecimentos, capazes de despertar na juventude e nas famílias, além da esperança e ferramentas de movimentação social, a própria Consciência Brasileira, também conhecida como Consciência Negra”, destaca Ìdòwú Akínrúlí.
As apresentações serão descentralizadas e irão ocorrer entre os dias 19 e 23 de agosto, em três instituições atuantes em comunidades socialmente vulneráveis de Porto Alegre. São elas: Associação Famílias em Solidariedade - Afaso (19); Associação das Creches Beneficentes do RS - Acbergs Vila (21), e no Cirandar Chocolatão (23). Ao trazer ao público o conhecimento de valores tradicionais africanos, como a importância da família, da comunidade, o respeito aos mais velhos e às crianças, a fé́ na vida e a confiança nos ancestrais, o projeto busca contribuir com os trabalhos já́ realizados por estas instituições.
O show Ẹ̀taare - A Semente (Afriká No Sul) é dirigido por Ìdòwú Akínrúlí e traz em seu trabalho grande influência da cultura tradicional Yorùbá, a qual valoriza e se fundamenta na oralidade, fazendo do momento de compartilhamento dessa filosofia e sabedoria um momento sagrado. A vivência consiste numa apresentação artística que mistura música, dança, performances de poesia, histórias e diálogos, convidando o público à interação. “O conteúdo traz diversidade proporcionando aos participantes conexão com as referências de suas origens, visto que nossos ancestrais brasileiros são, em grande maioria, imigrantes de inúmeros lugares do continente africano”, observa Ìdòwú Akínrúlí.
Sobre os artistas
Diretor e idealizador do projeto Ẹ̀taare - A Semente (Afriká no Sul), Ìdòwú Akínrúlí é nigeriano, pertencente ao povo Yorùbá, dedica-se à realização de ações de promoção das artes e cultura Yorùbá no Brasil. Trabalha com artistas da Nigéria e África em geral, com foco na tradição e expressões contemporâneas da música e dança, principalmente. Vencedor do Prêmio de Melhor Trilha Sonora no Festival Cine Serra e Festival de Cinema de Santa Cruz do Sul pelo documentário “Fè Mye Talè”. Também recebeu o Prêmio Açorianos de Dança: Trilha Sonora e Projetos de Difusão e Formação em Dança; vencedor da 3a Edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais. Além disso, nos últimos anos, desde 2018, tem sido um dos mestres convidados para ministrar aulas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, através do programa Encontros de Saberes, sobre a Cultura Yorùbá. Em 2018 e 2023, promoveu o Intercâmbio Cultural entre Nigéria e Brasil, fazendo parte da comissão organizadora da visita do rei Ọọni Ọba Adéyẹyẹ̀ Ẹnitàn Ogúnwusì, maior autoridade do povo Yorùbá, à Salvador, Brasília, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Também como facilitador durante a visita do escritor nigeriano Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura, em 2017. Atualmente, é coordenador da empresa ÌLÚ AKIN Produções, idealizador e produtor do projeto Ontologias Outras, Grupo ÌBEJÌ, Ọṣ́ẹẹ̀túrá Africa'njazz, Festival ÌPÀDÉ, FELA DAY POA (Evento em tributo a Fela Kuti).
Artista Convidado: Kanhanga é um rapper angolano morando aqui no Brasil há mais de 18 anos. Fundador da Feira de Hip-Hop de Porto Alegre, que ocorre desde 2013. Dono de uma discografia com mais de sete discos, ganhou popularidade no Brasil fazendo o Rap do Mazembe, que figurou o vídeo mais acessado do youtube na época. Em 2016, por intermédio do Tauz, criou o canal no youtube “Kanhanga SportRap onde faz Rap homenageando as lendas do esporte, especialmente aos jogadores de futebol. com mais de 60 milhões de visualizações e 500 mil inscritos.
Artista Convidado: Loua Pacom Oulaï é formado em teatro, dança e comunicação oral pelo Instituto Nacional Superior de Artes e de Ações Cultural (INSAAC), na Costa do Marfim. Aluno do curso de Música da UFRGS, o Marfinese Loua Pacom Oulai é um artista multifacetado que vive no Brasil desde 2016, trazendo consigo uma bagagem cultural rica e diversa. Como percussionista, ele é conhecido por seu talento excepcional em instrumentos como djembê, dumdum, krin, entre outros. Como dançarino, ele apresenta performances energéticas e empolgantes, que incorporam danças tradicionais da Costa do Marfim e de países limítrofes. Além disso, Loua também é um ator de teatro de destaque, tendo participado de diversas peças e espetáculos em sua carreira. Ele é conhecido por sua habilidade em transmitir emoção e narrativa através de sua atuação.
Artista Convidado: Kizua Trindade é um artista angolano que reside no Brasil há 11 anos. Nessa mudança de país, teve que lidar com as diferenças culturais, distância da família e com uma dura realidade, o racismo. Achou na música uma forma de conseguir expressar e lidar com essa situação e traz ao mundo letras com histórias, sentimentos e reflexões. Nesse período, foi abraçado por artistas relevantes no movimento Hip-Hop gaúcho, como Narrador, Cachola e Rafa Rafuagi, chegando a abrir show para artistas como Djonga e cantando no mesmo palco que Racionais MCs e outros grandes artistas nacionais, no Festival Rap in Cena. Apresentou-se em um grande evento em Santa Catarina, o Ipadê, a convite do artista e produtor nigeriano Ìdòwú Akínrúlí, e em 2023 se apresentou na Semana da África da UFRGS.
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