Uma Libertadores. Uma Copa Mercosul. Quatro Campeonatos Brasileiros. Uma Copa do Brasil. 24 Campeonatos Cariocas. Uma Série B. Três Torneios Rio-São Paulo. Estas são algumas das conquistas que compõem a rica história do Clube de Regatas Vasco da Gama, que comemora 126 anos de história nesta quarta-feira (21). Mas a extensa lista de títulos tem a companhia de um feito do clube que transcende a importância de um troféu. Fundado em 21 de agosto de 1898, o Cruzmaltino ergueu sua primeira taça do Campeonato Carioca em 1923 com os Camisas Negras, equipe formada por negros, operários e de baixa condição social. Uma vez que o futebol ainda era um esporte restrito às elites, foi a primeira vez que um time com atletas de camadas populares conquistava o torneio. É interessante lembrar que o Vasco é o único, entre os quatro grandes de maior torcida, com origem em uma região da cidade de menor poder aquisitivo.
Para a temporada seguinte, as demais agremiações se uniram para fundar uma nova liga, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), que exigia que o Gigante da Colina excluísse 12 jogadores. Eram os negros e brancos de baixa condição social, considerados sem “condições morais” para participar da competição.
Indignado com a imposição, o Vasco não quis abrir mão dos atletas e, por meio do documento que ficou conhecido como a Resposta Histórica, se recusou a disputar o Campeonato Carioca de 1924, dizendo não ao preconceito e ao racismo. O centenário do ato foi comemorado neste ano e é lembrado com muito orgulho pela imensa e apaixonada torcida vascaína. Os torcedores, aliás, foram os responsáveis pela construção da casa do Vasco: São Januário, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Arrecadando recursos para a compra do terreno e para erguer o estádio, a Colina Histórica foi inaugurada em 21 de abril de 1927. Até hoje, forma uma das mais imponentes atmosferas do futebol brasileiro.
Desde então, com São Januário construído e seus valores enquanto instituição estabelecidos, foi a hora de o Vasco escrever sua história como um dos grandes clubes do país. Graças aos títulos, surgiram inúmeros ídolos: Ademir de Menezes, Domingos da Guia, Barbosa, Orlando, Bellini, Brito, Alcir Portela, Sorato, Mauro Galvão, Ramon Menezes, Carlos Germano, Juninho Pernambucano, Felipe, Bebeto, Romário, Pedrinho e Edmundo.
Além destes, há o maior de todos para o Cruzmaltino: Roberto Dinamite, que faleceu em janeiro de 2023. Criado nas categorias de base do Vasco, o atacante é o jogador com mais gols pelo Vasco (708), maior artilheiro do Campeonato Brasileiro (190) e do Campeonato Carioca (284). Venceu o Brasileirão de 1974, cinco Cariocas (1977, 1982, 1987, 1988 e 1992) e muitas alegrias para os milhões de vascaínos.
A partir de 2024, o prêmio de goleador do Brasileirão carrega o nome de Roberto Dinamite, em homenagem a um dos grandes artilheiro da história do Brasil.
Nesta temporada, o Vasco disputa a Série A do Campeonato Brasileiro e está nas quartas de final da Copa do Brasil.
A Confederação Brasileira de Futebol parabeniza o Clube de Regatas Vasco da Gama pelos seus 126 anos de história.
Assessoria/Caminho Político
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