O montante é proveniente da venda de imóveis rurais e urbanos, sejam eles residenciais, comerciais, terrenos e galpões. O valor recolhido voltou a ficar positivo no comparativo com os mesmos trimestres dos anos anteriores. Os dados dos Indicadores do Mercado Imobiliário de Cuiabá, realizados pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) e divulgados pela Fecomércio-MT, mostraram uma crescente de 7,41% nos valores transacionados no 2º trimestre de 2024 sobre o mesmo trimestre do ano passado, alcançando o montante de R$ 1 bilhão. O aumento no valor financiado, de 21,07% também sobre o mesmo trimestre do ano passado, sugere uma melhora no acesso ao crédito e uma maior confiança do consumidor no mercado imobiliário.
No entanto, observou-se um recuo de 12,25% sobre o primeiro trimestre do ano em movimentação financeira. No período, foram aproximadamente R$ 1.142 bilhão proveniente da venda de imóveis rurais e urbanos, sejam eles residenciais, comerciais, terrenos e galpões.
Com relação às unidades transacionadas, foram 2.182 imóveis comercializados no segundo trimestre deste ano, um recuo de 5,79% sobre o mesmo período do ano passado, recuo que se repetiu em 2022. Já no comparativo com o primeiro trimestre de 2024, o índice atual está 9,15% superior, mostrando uma crescente no número de estabelecimentos vendidos. Com relação ao ticket médio, houve um aumento de 14,01% no segundo sobre o primeiro trimestre, refletindo uma valorização dos imóveis em Cuiabá.
Para o responsável técnico pela pesquisa e vice-presidente do Secovi-MT, Guido Grando Junior, a inflação e a incerteza econômica nacional são as possíveis causas que ajudam a ilustrar os recentes dados da pesquisa. “A alta inflação e a instabilidade econômica global em 2022 e 2023 afetaram negativamente a confiança dos consumidores e o acesso ao crédito, resultando em quedas nas vendas e no valor total transacionado”.
As políticas de crédito também ajudam a explicar as variações no valor financiado ao longo dos anos. “A redução em 2022 e 2023 pode ser resultado de condições de financiamento mais restritivas, enquanto o aumento em 2024 sugere uma flexibilização dessas condições”, concluiu Guido.
O estudo de evolução do mercado imobiliário mostra que maioria dos imóveis vendidos no segundo trimestre do ano são usados (1.920 imóveis) e apenas 262 novos. Casas e apartamentos lideram em unidades transacionadas, seguido de terrenos. As regiões mais procuradas são a Oeste e a Leste, correspondendo a 67,3% total comercializado e são consideradas áreas residenciais da capital mato-grossense.
O presidente do Secovi-MT e vice-presidente da Fecomércio-MT, Marco Pessoz, conclui que o mercado imobiliário de Cuiabá tem demonstrado resiliência diante das variações econômicas nos últimos três anos. “As flutuações nas unidades comercializadas, nos valores transacionados e nos financiamentos refletem as condições econômicas locais e globais. Com uma recuperação no valor total transacionado em 2024, o setor imobiliário de Cuiabá mostra sinais de adaptação e recuperação, destacando-se como um mercado dinâmico e ajustável às novas realidades econômicas”.
O levantamento dos dados conta com o apoio da Fecomércio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT, em uma parceria com a Secretaria de Fazenda do município de Cuiabá, com fonte dos dados do ITBI municipal.
Para ter acesso ao estudo, clique AQUI.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
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