Em 1h, Justiça acata pedido da Defensoria e recém-nascida de MT com problema cardíaco realiza cateterismo pediátrico em Goiânia
A.S.F., de apenas um mês de vida, teve uma parada cardíaca no transporte via UTI aérea de Primavera do Leste a capital goiana, onde realizou a cirurgia e segue internada. Cerca de uma hora após ser protocolado, a Justiça deferiu o pedido da Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) e A.S.F., nascida no dia 14 de maio, em Confresa (1.049 km de Cuiabá), com quadro de cardiopatia congênita, foi transferida para o Hospital da Criança, em Goiânia, onde passou por uma cirurgia cardíaca e um cateterismo pediátrico, no dia 25 de junho.
“Sexta-feira (28) desentubou, mas ela ficou muito nervosa. Ontem (2 de julho), às 10h, desentubaram de novo e ela reagiu bem. Ainda está com oxigênio no nariz. A cardiologista avaliou e disse que ela está super bem”, revelou a mãe, J.S.S.
De acordo com a família, que mora em Vila Rica, não havia nenhum pediatra na maternidade de Confresa e, com isso, a filha não passou por nenhum exame de rotina logo após o parto.
“Na outra semana, fomos fazer o teste do pezinho. Na hora, a enfermeira viu que ela estava cianótica (coloração azulada da pele por falta de oxigênio no sangue). Chegou a saturar até 43. Ela foi internada imediatamente”, contou a dona de casa.
Por conta da gravidade do caso e pela falta de estrutura de saúde no município, a bebê foi transferida para o Hospital e Maternidade São Lucas, em Primavera do Leste, no dia 23 de maio.
Após exames, ela foi diagnosticada com atresia de artéria pulmonar, cianose, sopro e insuficiência respiratória.
“Lá mesmo no hospital, falaram que eu tinha que procurar a Defensoria Pública porque não tinha especialista para o caso dela. Na sexta-feira, corri atrás e enviei toda a documentação”, relatou J.S.S., que tem 21 anos.
No mesmo dia (24 de maio), logo que tomou conhecimento do caso, o defensor público Nelson Gonçalves de Souza Junior ingressou com a ação de obrigação de fazer, com pedido de tutela de urgência antecipada, contra o Município de Primavera e o Estado de Mato Grosso.
Em pouco mais de uma hora, o juiz Eviner Valério deferiu o pedido, determinando que o Município e o Estado providenciassem a transferência da menor para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, com suporte para cirurgia cardíaca, ou disponibilizassem o tratamento na rede privada de saúde, no prazo de 2 horas, sob pena de bloqueio das verbas públicas na quantia necessária.
“Eu fiquei surpresa com a velocidade da Justiça, até porque já estava entrando no fim de semana. Quando foi no domingo, o pessoal da Defensoria ficou me ligando até dar certo. Eu pensei que ia resolver só na segunda. Foi muito bom!”, elogiou a mãe.
No domingo (26 de maio), a bebê foi transferida para o Hospital da Criança, na capital goiana. Durante o transporte, via UTI aérea, ela teve uma parada cardiorrespiratória (PCR), necessitando de adrenalina e ventilação mecânica.
Após a transferência, novos exames confirmaram a atresia pulmonar e revelaram um quadro de infecção. De acordo com a mãe, o procedimento cardíaco ocorreu no dia 7 de junho.
“A cirurgia foi um sucesso. Só que o médico disse que o stent tinha risco de entupir porque ela tem duplo arco aórtico”, afirmou a mãe, que continua com a filha em Goiânia.
No dia 9, após piora clínica, foi realizada uma neuromonitorização, que demonstrou crises convulsivas, segundo o relatório médico.
Conforme relatou a mãe, o cateterismo pediátrico foi realizado no dia 25 de junho. No momento, o quadro dela é estável, mas ainda não há previsão de alta hospitalar.
Assessoria/Caminho Político
@caminhopolitico cpweb
Curta nosso Instagram: @caminhopoliticomt
Curta nosso facebook: /cp.web.96
Comentários
Postar um comentário