Em 9 de junho celebramos o Dia Nacional da Imunização, um momento que destaca a importância crucial das vacinas na prevenção de doenças imunopreveníveis. Esse dia tem como objetivo chamar a atenção para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo como para a saúde coletiva. Manter a vacinação em dia, mesmo na fase adulta, é um dos melhores métodos para evitar doenças e infecções. Ao entrarem no organismo, as vacinas, que possuem moléculas mortas ou atenuadas, fazem com o que o sistema imunológico reaja e produza os anticorpos necessários à defesa contra os agentes, o que torna o corpo imune a eles e às doenças que eles causam.
Na Atenção Primária, principal porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS), a imunização é um dos principais componentes. Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente à população brasileira 49 imunobiológicos, sendo 22 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas para os atendimentos de rotina, dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e em situações específicas.
A proteção começa ainda nos primeiros dias de vida e podem se estender por toda a vida, contemplando as necessidades de todas as faixas etárias.
Atualmente, o Governo Federal realiza duas importantes campanhas para imunizar os brasileiros contra a Covid-19, a Influenza e o Sarampo. Prova de que a vacinação salva vidas é que campanhas de imunização no passado ajudaram a erradicar doenças que provocaram milhares de óbitos, como varíola e poliomielite. Outras doenças transmissíveis, como a rubéola e rubéola congênita, também deixaram de ser um problema de saúde pública porque foram eliminadas com vacina.
A recente pandemia de covid-19 mostrou o impacto da vacinação no controle da doença. Com um sistema robusto e com grande capacidade para levar as doses a toda população, foi possível reduzir a circulação do vírus e retomar a normalidade da vida social.
Reconhecido internacionalmente por seu amplo programa de imunização, que disponibiliza vacinas à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil tem ampliado sistematicamente o número de imunizantes disponíveis para a saúde pública. Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunização (PNI) teve início com 4 tipos de vacinas e, atualmente, oferece mais de 20 imunizantes para crianças, adolescentes, adultos, idosos e indígenas.
Com o avanço da vacinação em massa em nosso país, muitas pessoas não conhecem doenças sérias, como a varíola, que foi erradicada. Também pudemos controlar o sarampo, a rubéola e a poliomielite, por exemplo.
O Brasil tem uma das políticas mais completas de vacinação, tendo em seu escopo o PNI, maior programa de imunização do mundo. O Governo Federal oferece gratuitamente todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de contar com um Calendário Nacional de Vacinação que atende todos os ciclos de vida. Os imunizantes previstos podem ser acessados em uma das mais de 48 mil Unidades Básicas de Saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, as vacinas salvam mais de 3 milhões de vidas ao redor do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo do Dia Nacional da Imunização é chamar a atenção para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo como para a saúde coletiva. Manter a vacinação em dia, mesmo na fase adulta, é um dos melhores métodos para evitar doenças e infecções. Portanto, é importante que a população participe das campanhas e procure um profissional especializado nos postos de saúde para tirar as dúvidas e manter o cartão de vacinas em dia.
As vacinas disponibilizadas no SUS são seguras e de vital importância para proteção contra algumas doenças graves e muitas vezes fatais. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) alerta que a proteção proporcionada pelas vacinas não se restringe apenas a crianças e idosos.
É fundamental destacar que ao longo da vida adulta, as mulheres também necessitam de atenção especial, pois certas imunizações desempenham um papel crucial na prevenção de doenças infecciosas e suas complicações. As vacinas direcionadas às mulheres adultas gestantes incluem a hepatite B, a tríplice bacteriana acelular do adulto (dTpa) - para difteria, tétano e coqueluche (a partir da 20ª semana de gestação até 45 dias após o parto), a vacina contra influenza e a vacina contra a Covid-19.
Algumas outras vacinas são recomendadas em situações especiais, enquanto outras são contra indicadas, especialmente aquelas que contêm vírus vivos atenuados. Para as mulheres adultas, são recomendadas as seguintes vacinas: Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa ou dTpa-VIP), Dupla adulto (dT), Influenza (gripe), Pneumocócicas, Herpes zóster, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Hepatites A, B ou A e B, Papilomavírus humano (HPV), Varicela (catapora), Meningocócicas conjugadas ACWY ou C, Meningocócica B, Febre amarela, Dengue e Covid-19.
Algumas vacinas podem ser especialmente recomendadas para pacientes com comorbidades ou em outras situações especiais, portanto, é importante consultar os calendários de vacinação para esses casos específicos. Portanto, a mulher adulta deverá estar em dia com as recomendações de calendário de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim) e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Vale ressaltar que o papel do médico na vigilância e na prevenção das doenças infecciosas é muito importante. Em especial o ginecologista/obstetra, que acompanha a mulher desde a adolescência até a terceira idade, deve ter conhecimentos acerca do tema e passar informações corretas, de forma segura e convincente sobre a percepção de risco das doenças, os benefícios das vacinas na prevenção das doenças e suas formas graves, além de informações sobre a segurança das diversas vacinas comprovada pelas pesquisas científicas. A prescrição é um ato médico e deve ser exercida a cada mulher, a cada consulta.
Dra. Giovana Fortunato é ginecologista e obstetra, docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HUJM e especialista em endometriose e infertilidade no Instituto Eladium, em Cuiabá (MT).
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