O deputado Carlos Avallone (PSDB), participou no Sesc Pantanal, em Poconé, de uma reunião com o Fórum Pró-ferrovia, para discutir com a comunidade as perspectivas de desenvolvimento e oportunidades de emprego a partir da chegada da ferrovia à Capital. A reunião foi organizada pelo presidente do Fórum, o secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Francisco Vuolo. Diante de um público formado também por estudantes da rede pública de Poconé, o presidente da Comissão de Meio Ambiente destacou a importância de informar a comunidade sobre as perspectivas econômicas e sociais para a região.
"Nós temos aqui na região um público jovem que também deve se beneficiar destas oportunidades. Quando falamos sobre a chegada da ferrovia à Baixada Cuiabana estamos pensando, acima de tudo, em oportunidades de trabalho para cada cidadão. Hoje Mato Grosso é o estado que mais cresce no país, em situação de quase pleno emprego, mas temos problemas na qualificação e capacitação. Há muitas vagas de emprego, mas a formação técnica dos candidatos nem sempre atende as necessidades do mercado. A ferrovia é mais uma oportunidades de negócios e trabalho também para Poconé e vamos continuar contribuindo para que haja a capacitação adequada das pessoas".
Carlos Avallone lembrou a Lei do Pantanal, de sua autoria, que assegura a permanência dos pantaneiros-raiz no pantanal, facilitando o manejo sustentável e a preservação ambiental. "Hoje muitos jovens da região pantaneira também deixam suas cidades em busca de oportunidades em cidades maiores e com este trabalho em parceria com a Rumo e o Fórum Pró-ferrovia queremos reverter esta tendência, capacitar e manter os jovens empregados em suas cidades de origem", disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente da ALMT.
Vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Avallone afirmou que estudos da entidade estimam que a construção da ferrovia poderá gerar mais de 200 mil empregos ao longo do projeto, sendo 114 mil diretos, 44 mil indiretos e 44 mil induzidos. Este impacto não apenas melhora as condições de vida da população local, mas também estimula o consumo interno e impulsiona setores como varejo, construção civil e serviços.
O Gerente de Relações Governamentais da concessionária Rumo, Vinicius Roder Corrêa, falou sobre os impactos econômicos e sociais da ferrovia em todos os municípios do entorno da Capital. A ferrovia Vicente Vuolo se estenderá por 740 km, ligando Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e passando por Cuiabá. A construção da ferrovia já emerge como o principal motor de geração de empregos no setor de infraestrutura em Mato Grosso. No primeiro trimestre de 2024, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o saldo positivo de empregos no estado nesse segmento foi de 1.666 vagas, das quais aproximadamente 62,1% estão ligadas às obras da ferrovia, totalizando 1.035 postos de trabalho.
Vinícius Corrêa informou que hoje há 160 km em obras saindo de Rondonópolis em direção a Cuiabá e ao médio norte e projeta que nos próximos meses as obras atingirão um pico de mais de 5 mil empregos diretos, impulsionando significativamente a economia local. A concessionária também realiza o programa Jovem Aprendiz, que qualifica estudantes para atuar na construção da linha férrea, além de apoiar projetos esportivos e sociais.
"Este ano já estamos contratando mais de 4 mil profissionais para as obras da ferrovia e fechamos um contrato com a Fiemt e Sistema S para capacitar esses trabalhadores locais. Para nós é interessante que esta mão-de-obra venha daqui mesmo, das comunidades locais, porque a renda destas contratações será reinvestida no estado. A ferrovia é um projeto privado mas que tem um interesse público e social que transcende a própria empresa", disse Vinícius.
O gestor destacou outra vantagem, a redução de custos para quem traz insumos e produtos industrializados de SP para Poconé e vice-versa. Hoje grande parte deste transporte já é feito pelo trem até Rondonópolis a custos menores e também chegará a Cuiabá.
Operação Pantanal
Em seguida, o deputado Avallone participou da cerimônia de lançamento da Operação Pantanal 2024, para prevenir e combater incêndios florestais que dizimaram a fauna e a flora em anos anteriores.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente Mauren Lazzaretti, a operação foi antecipada em dois meses por causa da situação climática que afeta a região. "Antecipamos a proibição do uso de fogo que começaria em 1 de julho para esse bioma. Somente serão autorizados focos preventivos, ou seja, o uso do fogo para prevenir eventos maiores”, disse. As ações integradas de combate ao fogo no Pantanal são realizadas em parceria com o Governo Federal, que disponibilizou brigadistas e colocou o Ibama, ICMBio, a Marinha e o Exército à disposição para o combate ao fogo.
Carlos Avallone destacou que graças ao trabalho conjunto acompanhado e fiscalizado pela Comissão de Meio Ambiente, hoje o Estado está mais preparado para evitar e combater os grandes incêndios. "Estamos trabalhando desde o final do ano passado e já temos uma estrutura de prevenção e combate montada em Poconé e outros municípios pantaneiros. Foram abertos novos poços artesianos para fornecer água para o combate e para atender os animais, a Sinfra fez a abertura e manutenção de estradas vicinais, foram construídas novas pistas de pouso, e facilitado o acesso das unidades dos Bombeiros às regiões mais distantes. Com essa estrutura é possível prevenir e combater logo no início os focos de incêndio", disse o deputado.
Ele destacou o empenho do governo estadual e federal que têm investido na consolidação desta infra-estrutura, com apoio dos fazendeiros pantaneiros, dos donos de pousadas, prefeituras, câmaras e sindicatos. "A decisão de antecipar a proibição total das queimadas contribui para a efetividade do trabalho. A seca atual antecipa que teremos muitas dificuldades, mas nunca estivemos tão preparados" disse o deputado.
Assessoria/Caminho Político
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