Mato Grosso é destaque no Centro-Oeste na geração de empregos. Com saldo de 17.253 novos postos de trabalho, o estado representa, sozinho, 43,1% do total de empregos gerados no primeiro mês de 2024 na região central do Brasil (40.026). Os dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e analisados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), mostram que o valor atual ainda é 4,37% maior que o saldo verificado no mesmo período de 2023. O resultado atual também é melhor quando comparado ao saldo de dezembro de 2023, em que o índice fechou negativo em 12.347, ou seja, com mais desligamentos do que admissões, situação semelhante ao verificado no mês de novembro, onde o saldo ficou negativo em 7.445.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, salienta que o bom índice no primeiro mês do ano foi puxado pelo agronegócio. “É possível observar que em Mato Grosso, o saldo positivo é reflexo da maior parte dos empregados em municípios com economia voltada ao agronegócio, o que pode estar atrelado ao período de algumas culturas, que favorecem as contratações no período”.
Entre os municípios mato-grossenses, ganham destaque, com saldo acima de mil admissões, Sorriso com 1.195, seguido de Rondonópolis com 1.183 e Sinop com 1.025. Além disso, a capital do estado também apresentou saldo positivo, porém em saldo menor, com 176 empregos gerados.
Já com relação ao estoque de empregos, o estado possui 935.831 postos de trabalho, com Cuiabá sendo responsável por 22% desse total. Rondonópolis representa em estoque 8% desse total. Já os municípios de Sinop e Várzea Grande possuem cerca de 6% de participação cada. Comparado ao mês anterior, o estoque variou positivamente em 1,88% e na relação com janeiro de 2023, quando o estoque somava 895.424, a variação é de 4,5% maior.
Segundo análise do IPF-MT, a criação de empregos, focada em regiões mais distantes da capital, pode favorecer economias regionais e fortalecer não somente a agropecuária como os demais setores produtivos, principalmente comércio e serviços. Uma maior renda das famílias se conecta ao aumento do consumo, dinamizando os negócios dessas regiões mais afastadas da capital.
Wenceslau Júnior explica que “os setores do comércio e de serviços se destacam, representando, juntos, mais de 60% do estoque de empregos formais no estado. Esses setores somaram, inclusive, 31% do saldo de empregos gerados no primeiro mês de 2024, com 5.374 novos postos de trabalho com carteira assinada”.
O setor de maior destaque e contribuição para o saldo positivo foi da agropecuária, com saldo de 9.172. A indústria contabilizou 1.555 e a construção 1.152.
“Os resultados atingidos em nossa região nesse início de ano, assim como apresentar resultados melhores do que no mesmo período do ano passado é positivo para a avaliação das tendências futuras, já que o saldo positivo colabora para a recuperação do saldo negativo de dezembro e pode impulsionar os demais meses, aumentando o estoque de postos de trabalho do estado”, completa o presidente da Fecomércio-MT.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
Assessoria/Caminho Político
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