Microcrédito, comércio solidário e fortalecimento de agricultores: veja ações que REM MT apoiou em Alta Floresta e região
Há momentos na vida em que tudo o que uma pessoa precisa é de uma oportunidade. Pensando nisso, o Instituto Ouro Verde (IOV) desenvolveu uma série de iniciativas para fortalecer agricultores familiares de Alta Floresta e região. Com apoio do Programa REM MT, estão sendo desenvolvidas ações de microcrédito, banco comunitário, artesanato, cadeia de valor do pequi e sementes, no intuito de melhorar suas atividades produtivas, reforçando práticas sustentáveis e otimizando a geração de renda das famílias. Durante o Encontro Geral do IOV, que ocorreu nos dias 26 e 27 de agosto, em Alta Floresta, foram apresentados os resultados finais do projeto “Agricultura Camponesa: articulando crédito e comercialização para o fortalecimento da agricultura familiar no portal da Amazônia”, que foi apoiado pelo REM MT. Ao todo, 5 ações foram desenvolvidas: Banco Raiz, SISCOS, Mulheres de Fibra, Sumaúma Alimentos e Rede de Sementes. Além de discutir microcrédito e comercialização, também ocorreu uma feira com troca de sementes, ramas e mudas. Gestora do IOV, Ana Carolina França Bogo, relata as discussões propostas no encontro. “Foi um espaço super importante de discussão, de olhar pras questões aprendidas nesses últimos dois anos e meio, olhar para aquilo que a gente avançou e que ainda precisa avançar e entender o quanto foi importante o Programa REM acontecer nesse momento”, pondera.
Banco Raiz – microcrédito para produtores
O Banco Comunitário Raiz é uma iniciativa de economia popular e solidária articulada pelo IOV, que dinamiza o Fundo de Apoio à Agricultura Camponesa, por meio de recursos financeiros para investimento e custeio da Agricultura Familiar do Território Portal da Amazônia, região norte de Mato Grosso. A ideia é fortalecer a produção, transformação e comercialização de produtos agroecológicos.
O investimento dá apoio para aquisições de ferramentas, implementos, sementes, irrigação, kit de energia solar, construção e reforma de estruturas, pomares agroflorestais e sistemas silvipastoris e muito mais.
Sua missão é ser um agente dinamizador da agricultura familiar e pequenos empreendimentos da Amazônia, que impactam positivamente a floresta e contribuem para o bem-estar das famílias de forma inclusiva entre homens e mulheres.
O agricultor José Severino de Oliveira, que integra o Banco Raiz, cita que ele foi desenvolvido justamente para atender todas as demandas dos produtores - feito para eles e por eles. “A iniciativa do Banco Raiz é financiar pequenos projetos voltados para a agroecologia nas comunidades. A gestão do banco nas comunidades é feita através do CAC, que é o Conselho dos Bancos nas Comunidades, e esses investimentos são organizados pelos produtores que fazem parte do conselho e que moram na comunidade”, relata.
A iniciativa deu tão certo, que Pedro Ananias, consultor da Rede Capital, espera que o Banco Raiz cresça e beneficie agricultores e agricultoras de Mato Grosso inteiro.
“A experiência aqui é muito rica, já que traz fundamentos importantes da assistência técnica, com crédito, com acesso a mercado. Então, até nasce uma concepção completa. Eu até ontem acrescentei na palestra que falta o fundo garantidor, porque a falta de garantias é uma barreira pra acesso de crédito, precisamos pensar em estruturar isso aqui, para ter um programa completo”, diz Pedro.
Siscos – comercialização solidária
Semanalmente as famílias informam seus produtos disponíveis (frutas, legumes, verduras, queijos, doces, pães, etc) e os consumidores cadastrados fazem suas encomendas através do site (www.siscos.com.br) ou aplicativo.
São mais de 70 tipos de produtos comercializados que são colhidos momentos antes das entregas, garantindo mais sabor e qualidade. Além disso, os preços são estabelecidos baseados na lógica do comércio justo para quem produz e quem vende.
A produtora Alice da Silva Souza viveu o antes e depois do Siscos e conta como a sua rotina mudou. “O Siscos pra nós é muito importante. Quando a gente conheceu o Siscos, a gente pensou 'será que vai dar certo?. Mas, hoje vejo que é um projeto que está dando certo para a construção familiar, quase toda a semana a gente entrega. Agora levamos alimento de qualidade para outras famílias, que podem ter acesso ao Siscos”, comemora Alice.
Mulheres de Fibra - artesanato
Fibras de bananeira, buriti, tucum, taboa, milho, bacuri, além de inúmeras sementes florestais, fazem parte do dia a dia de mulheres resilientes que com um olhar diferenciado para o meio onde vivem em busca de oportunidades de geração de renda e qualidade de vida, criaram a Rede Mulheres de Fibra Portal da Amazônia há quase 10 anos. A alusão da palavra “fibra” diz respeito não só à matéria-prima principal de seus trabalhos de arte, mas também à força e resistência das mulheres do campo.
O reconhecimento do ecossistema e as riquezas que a floresta – em pé – têm a oferecer estimulam a geração de trabalho e renda dessas mulheres. Da natureza elas produzem flores, bandejas, jogos americanos, sousplats, mandalas, descansos de panelas, almofadas e muito mais.
Sumaúma alimentos
Mulheres da região norte se uniram e criaram a Associação De Mulheres Da Agricultura Familiar Do Portal Da Amazônia (AMAFPA), que comercializa seus produtos pela Sumaúma Alimentos.
De todos os frutos nativos do Cerrado, o pequi é o mais consumido e comercializado, e também o melhor estudado nos aspectos nutricional, ecológico e econômico. Com a enorme variedade, a associação conseguiu trabalhar com o Pequi Gigante da Amazônia. Atualmente, 10 mulheres estão na ativa e chegaram a processar 11 toneladas de pequi no ano passado. Moradora da comunidade rural Nossa Senhora da Guadalupe, Valquíria Aparecida Seze Felito é diretora da Cooperativa Agropecuária Mista de Nova Guarita (Cooperguarita). Com 124 associados, a Cooperguarita é responsável pela gestão de uma rede de coletores de sementes em oito municípios: Apiacás, Alta Floresta, Carlinda, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita, Terra Nova do Norte, Santa Helena e Colíder.
Os projetos impactaram positivamente os produtores e também precisam se estender por todo o estado, avalia Valquiria.
“A iniciativa vem impactando bastante as comunidades, os coletores e coletoras através dos projetos tanto do Banco Raiz e das atividades de apoio diretamente à rede, em questão de formação técnica, da capacidade dos coletores estarem se organizando nas comunidades. Isso é fundamental pra gente, que continue hoje diretamente apoiando a rede, mas que no futuro também isso possa estar acontecendo com mais pessoas e mais grupos”, avalia Valquiria.
Investindo na sociobiodiversidade
Para garantir que todos esses projetos continuem crescendo, o REM MT, por meio do Subprograma Agricultura Familiar e de Povos e Comunidades Tradicionais, já investiu desde 2018, R$ 82,5 milhões para apoiar essas comunidades.
Assessoria/Caminho político
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