PSDB anuncia que não participará do governo Lula “em cargo nenhum e sob nenhum pretexto”

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) anunciou que não vai se envolver no governo Lula (PT). O comunicado foi feito na tarde desta terça-feira (2), por meio de uma nota publicada nas redes sociais. O texto não é assinado por nenhum político da sigla, contudo, é taxativa em dizer que “não fará parte do governo do PT”. De acordo com a executiva nacional, o partido vai “apresentar propostas” em 2026, para que a “população brasileira tenha alternativa” e “não tenha de escolher entre o pior e o menos pior”. Ainda informa que governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores têm apenas o dever de ter “uma relação institucional” com o atual governo, “em defesa da população”. Por isso, fará oposição.Crítica também o fato de o governo petista não promover “ações de reconciliação”, o que para eles é uma das muitas divergências com o Partido dos Trabalhadores. “Talvez porque, em sua essência, não queira, não saiba ou não consiga fazê-lo”, argumenta.
Os tucanos – presidido pelo governador Eduardo Leite (RS), têm sido protagonistas, juntamente com o Partido dos Trabalhadores, na disputa pelo cargo mais importante do Brasil desde 1998. A “competição” que teve início na última eleição do século passado apresentou diferentes nomes do PSDB, mas permaneceu praticamente inalterada na ala petista.O primeiro enfrentamento nas urnas foi entre FHC x Lula. Pleito em que FHC levou a melhor. Mas a partir de 2002, a supremacia petista teve início, pois Lula venceu José Serra e repetiu o feito em 2006. Dessa vez contra Geraldo Alckmin, seu atual vice. Após sua segunda vitória começou a “era” Dilma. Ela venceu Serra (2010) e Aécio Neves (2014).
Apesar da forte concorrência que durou, ao menos, 16 anos, há quem diga que o PSDB sempre esteve do mesmo lado do PT. E se o critério for o envolvimento nos maiores escândalos de corrupção do Brasil, essa fala se confirma.
Confira a nota na íntegra:
Respeitamos o presidente Lula. Ele é o presidente do Brasil, foi eleito pelos brasileiros, e temos —a executiva nacional, nossos governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores— o dever de ter com o atual governo uma relação institucional em defesa da população.
Queremos um Brasil melhor, sim. E atuaremos para isso como oposição consequente, que reconhece que não era mais possível continuar como estávamos, mas que também sabe que o país ainda não tem um caminho claro, seguro e sereno de futuro.
O atual governo do PT não tem promovido ações consistentes de reconciliação nacional, talvez porque, em sua essência, não queira, não saiba ou não consiga fazê-lo. Esta é uma das muitas divergências que temos com o PT e o que ele representa.
Somos diferentes, inclusive, no jeito de fazer oposição. O PT votou contra a Constituição de 1988. O PT foi contra o Plano Real. Atacaram ferozmente a lei de responsabilidade fiscal. Fizeram campanha irresponsável pelo impeachment do FHC por mera disputa política e eleitoral.
Nossa oposição, hoje, não é ao Brasil, e o presidente Lula poderá contar com o PSDB quando o melhor para o país estiver em jogo. Mas faremos isso do lugar que o povo brasileiro nos colocou na eleição passada: na oposição.
E vamos apresentar propostas em 2026 para que a população brasileira tenha alternativa, para que os brasileiros não tenham de escolher entre o pior e o menos pior.
Trabalharemos para corrigir e aperfeiçoar os projetos que o governo apresentar, como foi o caso da Reforma Tributária, que só parou em pé após a atuação firme dos governadores.
E não deixaremos de denunciar com afinco este governo quando for preciso, como nas estapafúrdias tentativas de se aliar a ditadores e relativizar a democracia.
O PSDB entende o desejo de um governo querer ter nossos quadros. Realmente temos políticos e gestores públicos altamente reconhecidos por sua eficiência. Mas este desejo não irá se realizar. Somos oposição. E continuaremos sendo.
Assessoria/Caminho político
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