Policial que matou homem em Cotriguaçu pode ser demitido por homicídio

A Corregedoria-Geral da Polícia Militar abriu inquérito para apurar os fatos ocorridos na madrugada de sábado (05), quando um policial militar atirou e matou Thiago Graciote Moraes, de 29 anos, durante uma abordagem. Em conversa com o RepórterMT, o comandante-geral da PM, coronel Alexandre Mendes, disse que o agente envolvido pode ser demitido se ficar comprovado que a ação não seguiu os parâmetros estabelecidos pela legislação. “Precisamos ouvir o profissional que fez o disparo e toda a guarnição. Saber o que eles viram e ouviram assim como identificar, por meio da investigação, excludentes de ilicitude. Caso não haja excludentes, haverá responsabilização por homicídio e todas as consequências disciplinares, podendo, inclusive, ocorrer demissão. Isso é possível”, disse o coronel Mendes.
“Estamos colhendo todas as informações possíveis para a elucidação do que ocorreu em Cotriguaçu. Qual o contexto daquela abordagem. Quem são as pessoas envolvidas. Qual o motivo da fuga da abordagem. É possível ouvir populares apontando a existência de uma pessoa armada no local. Por que o profissional efetuou o disparo. São questões que precisamos rapidamente dirimir”, acrescentou.
Para o comandante da PM, não é justo atacar a polícia após essa ocorrência. O coronel Mendes diz que não se trata de alegar que foi um “caso isolado”, mas que é preciso aguardar a palavra final da Justiça.
“Não se trata de alegar ‘caso isolado’ nesse fato, mas entender que não podemos julgar antes mesmo dos tribunais. O que eu posso afirmar é que esse profissional desde já está sob acompanhamento e à disposição das investigações até que tudo se esclareça”, disse.
Por fim, o comandante da PM ressalta que a maior interessada no esclarecimento do caso é a PM e que momentos como esse são “propícios para a rotulação e reforço de preconceitos ideológicos” contra as forças de segurança.
“É importante salientar, contudo, que o maior interessado no esclarecimento desse caso é a própria PM que não se confunde com ilegalidade”, concluiu.
O caso
Thiago Graciote Moraes, de 29 anos, foi morto durante uma abordagem policial na madrugada de sábado (05), na cidade de Cotriguaçu (957 km de Cuiabá). Parte da ação foi registrada em vídeo por testemunha que estava no local no momento da ação policial. (Veja imagens abaixo).
Conforme o registro da ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para averiguar uma denúncia de som alto em uma lanchonete. Ao chegar no local, os policiais constataram que o som já havia sido desligado, mas foram informados que estaria acontecendo uma briga na esquina e que um dos envolvidos estaria em posse de uma arma de fogo.
Segundo o boletim de ocorrência, os dois estavam com “os ânimos muito alterados” e diziam que não eram bandidos e que ninguém ia colocar as mãos neles. Samuel desobedeceu os policiais e tentou ir embora, momento em que os agentes se aproximaram para prendê-lo.
Thiago teria partido para cima do policial e, em determinado momento, levou a mão na cintura. O policial acreditou que ele iria sacar uma arma e decidiu atirar. Foram efetuados dois disparos.
O vídeo, contudo, mostra Thiago com as mãos erguidas e gritando para o policial atirar. (Repórter MT)
Assessoria/Caminho político
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