OBRA INACABADA: Novo" Mercado do Porto acumula resíduos, improviso e queixas

O Mercado do Porto, que passou por uma reforma de cerca de R$ 20 milhões e foi parcialmente entregue em julho, ainda apresenta diversas falhas estruturais que incomodam feirantes e clientes. Eu queria que eles estivessem aqui para dar esse suporte, a gente precisa.O centro comercial passou por mais de quatro anos de reforma, mas ainda assim foi entregue inacabado. Diversos feirantes permissionários reclamam das más condições de trabalho, que prejudicam a relação com a clientela. Eles contam que, algumas vezes, desembolsam recursos pessoais para contornar os problemas.Apesar dos problemas estruturais evidentes, a grande parte dos feirantes prefere não se manifestar por temer represálias.
Em entrevista ao MidiaNews, uma comerciante que não quis se identificar contou que a Prefeitura não ofereceu suporte após a inaguração, no dia 21 de julho.
“Essa mudança foi muito rápida. Eu não quero ser abandonada pela Prefeitura. Eles [da Prefeitura] estavam aqui, essa semana já sumiu todo mundo. Eu queria que eles estivessem aqui para dar esse suporte, a gente precisa”, lamentou.
Diversas áreas do centro comercial ainda estão inacessíveis à clientela devido aos transtornos causados pelas obras inacabadas, que são barulhentas ao ponto de não permitirem uma conversa entre feirante e freguês.
Outros aguardam a conclusão dos trabalhos, porque ficaram em lojas provisórias que não contam com uma estrutura adequada. A maioria dessas barracas ficou na área externa do mercado, mas algumas inacabadas também ocupam a parte comercial que já foi reformada.
A movimentação no Mercado do Porto, de carro ou a pé, também está prejudicada. Grande parte do estacionamento comercial está inutilizável por causa do espaço ocupado pelas obras. Dessa forma, parte dos clientes deixa os veículos do lado de fora, onde o chão é de areia.
Como a Prefeitura não tem feito o descarte do lixo, o odor de chorume se espalha pelo ambiente. Isso obriga os permissionários a desembolsarem seus recursos para ter melhores condições de trabalho.
Ao longo do mercado há lixo espalhado por lugares inadequados, até mesmo no teto das barracas e no estacionamento provisório.
“É essa frustração do cliente chegar e ver esse abandono, principalmente de sujeira, porque a gente não tem um lugar pra colocar o lixo. Contratei o bota-fora pra poder colocar. A gente sabia que seria um transtorno”, revelou a feirante.
Atualmente, uma das obras de maior porte no Mercado do Porto é em relação ao encanamento. Logo na entrada, próximo à portaria, a reforma chama a atenção por causa das valas abertas no solo e da água acumulada.
Os trabalhadores, em sua maioria, não sabem dizer ao certo quando as obras terminarão, mas estimam que elas durem no mínimo um ano. Enquanto isso o constrangimento que causam à clientela é nítido.
“A rede de esgoto não foi certa, pode ir ali do lado. Está cheio de água dos peixeiros. Dá para sentir, é um odor, é fedido. Os clientes estão frustrados, são clientes que estão aqui praticamente todos os dias, são assíduos. Eles têm que ter, pelo menos, um lugar asseado”, disse a feirante.
Divisão
A estrutura do Mercado do Porto agora encontra-se dividida. De um lado, a parte que foi reformada e abriga alguns feirantes, enquanto do outro está a parte desativada que conta com apenas poucos trabalhadores reformando-a e pombos procurando restos de comida.
Esse espaço desativado, no entanto, é totalmente visível à clientela que pode enxergá-lo do segundo piso e, até mesmo, acessá-lo por uma porta de entrada que fica no meio do saguão principal do mercado.
A reforma, apesar de prometer futuros melhores, deixou alguns comerciantes à espera. Muitos deles ficaram de fora da área comercial reformada e tiveram que, inclusive, gastar do próprio bolso para se adaptarem às novas condições de trabalho.
Dentre os temores da estrutura provisória, há o medo da chuva chegar e danificar o maquinário usado pelas empresas.
A feirante termina o relato dizendo que, embora passe por transtornos e preocupações, tem esperanças de que, quando a reforma terminar, consiga uma melhor condição de trabalho.
“A gente sente [saudade de antes], mas vai ter uma melhora depois que voltar [para o espaço novo]. A gente não tem muito tempo para ficar lamentando, temos que trabalhar”, pontuou esperançosa.
midianews/Caminho político
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