Os argentinos elegem um novo presidente neste ano, e todos os pré-candidatos já foram definidos. No país, existe uma votação primária que define os candidatos presidenciais de cada grupo político que disputará as eleições – mesmo que já exista um único candidato para aquele partido ou coligação. As primárias são chamadas na Argentina de Paso (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), pois são abertas e obrigatórias a todos os eleitores argentinos. Neste ano, além dos candidatos ao Parlamento do Mercosul, à Câmara dos Deputados e ao Senado, as primárias também definirão quem concorrerá à presidência e vice-presidência da Nação Argentina.
Só pode concorrer às eleições quem participar das primárias – cujas inscrições se encerraram no último dia 23. Por isso, os pré-candidatos à presidência já estão definidos.
As Paso acontecerão no dia 13 de agosto e definirão os candidatos dos grupos políticos que disputarão as eleições gerais de 22 de outubro.
Veja os principais nomes e também quais são os favoritos:
O ministro da Economia da Argentina será o candidato à presidência do partido governista nas próximas eleições, como confirmou a coalizão “União pela Pátria”. Agustín Rossi foi escolhido como vice na chapa.
Dessa forma, o partido governista, identificado com o peronismo, rebaixou as candidaturas anunciadas anteriormente do embaixador no Brasil, Daniel Scioli, e do atual ministro do Interior e homem de confiança de Cristina Kirchner, Eduardo “Wado” de Pedro. Tudo parecia definido, com os governistas fechando questão com o ministro da Economia, mas de última hora um dos partidos da frente decidiu lançar uma pré-candidatura, que se embaterá com Massa nas Paso.
Na última hora, a Junta Eleitoral da Unión por la Patria oficializou a lista “Justa e Soberana” em que o líder social Juan Grabois se apresenta como pré-candidato, tendo como vice María Paula Abal Medina. A lista foi habilitada para participar das primárias do partido governista.
Com apenas 40 anos, Grabois é um ativo dirigente social. É fundador do Movimento dos Trabalhadores Excluídos (MTE), da Confederação dos Trabalhadores da Economia Popular (CTEP) -atual UTEP- e da Frente Pátria Grande. Além disso, é membro do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano. Ele trabalha como professor de Teoria do Estado na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.
Horacio Larreta
Já a coalizão “Juntos pela Mudança” tem dois pré-candidatos. O prefeito da cidade de Buenos Aires é um deles. Ele está no segundo mandato, tem 57 anos, e foi chefe de gabinete do então prefeito da capital argentina, Mauricio Macri, de 2008 a 2015.
Larreta já esteve no Partido Justicialista, conhecido como Peronista, mas enveredou por outros caminhos. Ainda entre os peronistas, fundou o Grupo Sophia, instituição criada para formar líderes políticos.
Com sua saída da legenda, se aproximou de Mauricio Macri com quem ajudou a fundar o partido Proposta Republicana (PRO), que foi vitorioso nas eleições executivas da Cidade de Buenos Aires em 2007, 2011, 2015 e 2019 e nas eleições presidenciais de 2015.
Patricia Bullrich
A outra opção é uma das lideranças da coalizão. Até abril, era presidente do Proposta Republicana (PRO), partido que Larreta fundou com Macri e do qual ainda fazem parte hoje.
Foi deputada federal pela Cidade Autônoma de Buenos Aires nos períodos 2007-2015 e 1993-1997. Atuou como ministra do Trabalho entre outubro de 2000 e outubro de 2001; ministra da Segurança Social entre outubro e novembro de 2001; e Secretária de Política Criminal entre 1999 e outubro de 2000. Também ocupou a pasta da Segurança Nacional durante a presidência de Mauricio Macri (2015-2019).
Javier Milei
É o candidato da extrema direita, pela coalizão “A Liberdade Avança”. Foi eleito deputado federal em 2022, tem 52 anos e é dono de uma retórica exaltada.
Algumas das propostas de Milei foram alvo de forte polêmica, como a extinção do Banco Central Argentino, o fim do ensino público obrigatório e até a criação de um debate sobre venda de crianças.
Sempre tecendo críticas aos políticos tradicionais, aos economistas mais convencionais e à mídia de uma forma geral, galvanizou sua imagem de candidato antissistema.
Outros candidatos
Além do peronista Sérgio Massa, há outras candidaturas de esquerda para a presidência. A coalizão “Frente de Esquerda e dos Trabalhadores – Unidade” (FIT-U) tem dois candidatos.
Um deles é Gabriel Solano, de 49 anos. É deputado da cidade de Buenos Aires desde 2021 e presidente do Partido Trabalhista desde 2019.
A outra é Myriam Bregman, deputada federal desde 2021. Ela faz parte do Partido Socialista dos Trabalhadores e tem 51 anos.
Favoritos
Logo após o encerramento do prazo para inscrição dos pré-candidatos, foi divulgada a primeira pesquisa de opinião sobre os favoritos às Paso e também às eleições presidenciais.
Pesquisa divulgada na semana passada pela CB Consultoria aponta que Massa lidera com 24,1% dos votos, seguido por Bullrich, com 17,3% das intenções. O polêmico Milei aparece em terceiro, com 17,2%, pouco à frente de Larreta, com 16,5%.
Seguindo essa tendência, teríamos uma eleição presidencial com Massa, Bullrich e Milei, com Larreta sendo derrotado nas primárias.
Se a pergunta sobre candidatos é favorável ao candidato governista, o mesmo não se pode dizer de outro enfoque da pesquisa. Questionados sobre em qual coligação votariam nas eleições de outubro, Juntos pela Mudança, de Bullrich e Larreta, está à frente com 33,8%, Unión por la Patria está em segundo com 29,1% das intenções e a chapa “A Liberdade Avança” fica com 17,2%.
Ou seja, independente de quem for escolhido na chapa Juntos pela Mudança – seja Patricia Bullrich ou Horacio Larreta – deverá atrair os votos do outro pré-candidato e seguir na liderança.
Com colaboração de Fábio Mendes para Caminho político
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