Desmatamento feriu imagem do agronegócio, diz Fávaro, futuro ministro da Agricultura

Em entrevista exclusiva à CNN nesta sexta-feira (30), o futuro ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) no que se refere a assuntos ligados ao meio ambiente e ao agronegócio. “O desmatamento ilegal acontecendo a pleno vapor, as queimadas ilegais acontecendo, feriu a imagem do agro brasileiro, que precisa ser reconstruída”, afirmou. Na avaliação do senador, “o que houve agora nesse período de quatro anos foi um desmonte orçamentário. Acabaram com a Embrapa, destruíram a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento]”.
Integrantes do Partido Social Democrático (PSD) foram indicados para chefiar três ministérios no futuro governo federal. Além da Agricultura, André de Paula (PSD) foi nomeado para o Ministério da Pesca e Alexandre Silveira (PSD) para o Ministério de Minas e Energia. À frente da Agricultura, Fávaro deve sofrer forte oposição, uma vez que o agronegócio é um dos setores que mantém proximidade com Bolsonaro. Sobre as estratégias utilizadas para lidar com as pressões, o futuro ministro afirmou que usará de “muito diálogo, com muita transparência. Nós entendemos que a eleição acabou. Respeitamos as divergências, quem pensa diferente da gente. Eu fui apoiar o presidente Lula por muita convicção”.
Já em relação as suas metas, concomitantes à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual senador afirmou que o papel do Estado é “alimentar primeiro os brasileiros. Essa é a primeira missão do presidente Lula: ter alimento em abundância e política pública para que nós possamos fazer com que todos os brasileiros, dos mais humildes, tomem café da manhã, almocem e jantem”.
Assessoria/Caminho Político
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