Para ampliar debates sobre o tema, a ‘Semana da Inovação de Mato Grosso’ será realizada na Fatec Senai de Cuiabá entre os dias 19 e 23 de setembro. É comum encontrarmos pessoas que não podem consumir algum tipo de alimento (trigo, leite, ovos, frutos do mar, entre outros). Há aqueles que apresentam apenas um leve mal-estar, mas para outros, o consumo de algo específico pode até ser perigoso. E na hora de receber um cliente com alguma restrição, todo cuidado e pouco. O publicitário Osnar Couto é intolerante à lactose e conta que há 8 anos quando soube da sua intolerância não existiam opções no mercado, muito menos nos restaurantes, lanchonetes.
“Nas refeições fora de casa, os problemas são constantes, já que a minha intolerância é severa e só de se usar um mesmo talher pra se cortar, por exemplo, um bolo com e um sem lactose, já é o suficiente para que eu tenha crises gástricas e intestinais”, aponta.
O profissional ainda comenta sobre a dificuldade com o atendimento em restaurantes, hotéis. “Existem casos em que o atendente, garçom, recepcionista nem sabe sobre a restrição e muito menos se existem pratos com os cuidados necessários pra quem tem intolerância. Boa parte só diz ‘não vai leite’, sendo que o leite em si não é o único ingrediente que me preocupa.”, diz.
Na avaliação da nutricionista Elis Soares, os restaurantes e similares, perdem uma gama importante e potencial de clientes por não lhes ofertarem opções. “São alimentos que podem ser consumidos pelos clientes sem que os mesmos tenham alguma reação alérgica ou problemas gastrointestinais”, explica.
De acordo com Elis, este público acaba sempre por levar os seus próprios alimentos para onde quer que vá, visto que não encontram espaços que ofertem o que eles possam comer com segurança.
“O problema é ainda mais complexo quando observamos espaços de lazer que não permitem que os clientes entrem com alimentos e bebidas, mas também não possuem opção de consumo para estas pessoas, perdendo assim o cliente por falta de conhecimento em como atendê-lo”, pontua.
Técnicas de atendimento
Neste cenário, a Faculdade de Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Fatec Senai) desenvolveu um curso de extensão de técnicas de atendimento ao cliente com restrição alimentar.
Atuando como professora do curso, Elis ressalta que a proposta é justamente capacitar trabalhadores das áreas de alimentos e bebidas, como restaurantes, buffets, hotéis, cantinas escolares, empreendedores em geral que trabalham com alimentos e que desejam atender com segurança clientes que possuam algumas restrições alimentar atreladas às condições específicas de saúde.
O curso, com carga horária de 24 horas, é presencial e conta com atividades práticas para elaboração de cardápios inclusivos e estabelecimento de estratégias que podem ser utilizadas para tender este público com qualidade e segurança.
Assessoria/Caminho Político
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