Seminário da Secretaria da Mulher prevê criação de núcleo para a escuta e proposições de políticas às mulheres negras

Evento foi realizado em comemoração do dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e o dia Nacional de Tereza de Benguela. Para celebrar e homenagear o dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e o dia Nacional de Tereza de Benguela, a Secretaria Municipal da Mulher, realizou na segunda-feira (25), o 1º “Seminário das Pretas” - Fortalecendo o protagonismo da mulher negra" e contou com diversos debates, gastronomia, desfiles, oficina de turbante dentre outros. Como resultado da ação, foi proposta a criação de um Núcleo de Mulheres Negras, um espaço para o debate e proposições de políticas versando o fomento às mulheres negras.
De acordo com a secretária da pasta da mulher, Cely Almeida, as discussões são importantes para que políticas públicas efetivas sejam desenvolvidas. Ela ainda destacou que os obstáculos enfrentados diariamente pelas mulheres negras no Brasil são um reflexo da construção de uma camada social moldada pelo racismo e a questão de gênero e que infelizmente os negros continuam sendo alvos de preconceitos, discriminações e, até mesmo, de violência.
“É uma data muito significativa para as mulheres negras e essas ações só acontecem porque temos uma gestão humanizada que olha e trabalha por todos”, afirmou.
Segundo a vice-presidente do SINTEP-MT, Leliane Cristina Borges, Cuiabá dá um recado para todo país, colocando á frente da Secretaria Municipal da Mulher, a adjunta da pasta Elis Regina, mulher negra que luta pela causa.
“Valorizamos a dinâmica do prefeito Emanuel Pinheiro essa sensibilidade de respeitar e criar uma secretaria mesmo em um estado contrário as ações para as mulheres, contrário as políticas sociais. Que esta seja a primeira de diversas ações voltadas para o protagonismo da mulher negra”, pontua.
Para a secretária-adjunta da mulher, Elis Regina Prates, o evento foi uma oportunidade de levar não apenas cuidados às mulheres, mas também de contar diversas histórias como a dos turbantes que levam o significado em cada tipo de amarração no continente africano, sobre Tereza de Benguela, além de dar visibilidade e fortalecer às diversas iniciativas de organização das mulheres negras e suas lutas no enfrentamento ao racismo.
“Com a representatividade acompanhada de uma política de gestão pública adequada, uma política de promoção de igualdade racial, com esse recorte na centralidade do desenvolvimento social das mulheres negras, dá para pensar no papel propulsor que o Estado tem enquanto ator do desenvolvimento social da comunidade”, disse.
Em sua fala final Elis ainda salientou que o assunto requeria muito mais tempo para discussão e empoderamento das mulheres negras, por isso foi proposta a criação do Núcleo de Mulheres Negras da Secretaria da Mulher. “Este seria um espaço permanente de escuta dos anseios e proposição de políticas públicas para as pretas”, finalizou.
Assessoria/Caminho Político
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