Médica do Hospital Santa Rosa explica quais os tipos da doença, fatores de risco e a importância do controle para evitar sequelas. De acordo com Atlas do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 6º país em incidência de diabetes no mundo, com cerca de 16 milhões de adultos (20 a 79 anos), ficando atrás apenas para China, Índia, Paquistão, Estados Unidos e Indonésia. E a estimativa é que, em 2045, esse número chegue a 23 milhões de pessoas com a doença no País. Ainda segundo o mapeamento da IDF, mais de 537 milhões de pessoas vivem com diabetes no Planeta. Aproveitando que domingo (26,06) é Dia Nacional do Diabetes, a médica clínica geral do Hospital Santa Rosa, Aline Esteves, explica quais os principais fatores que podem levar ao agravamento da doença, prevenção, tratamento e como identificar o diabetes. “O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome do metabolismo, de origem diversa, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos no organismo. Cerca de 90% da população que possui diabetes tem o tipo 2 da doença. Nesses casos, o corpo até produz a insulina, porém desenvolve uma resistência à ela, dificultando a ação sobre a glicose no sangue. Já o tipo 1, o paciente tem uma produção de insulina muito deficiente, e geralmente já começa apresentar sintomas na infância, adolescência ou início da fase adulta”, explica a médica.
Vale lembrar também que existem outros tipos: diabetes gestacional, no qual a mulher desenvolve a doença no período da gravidez. “A mulher pode ou não continuar com a condição após o nascimento da criança”, ressalta a clínica geral. E têm os casos decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos.
A médica explica que grande parte dos pacientes descobre o diabetes em exames de rotina, com a dosagem de glicose no sangue. “A instalação do diabetes é um processo gradual. O tipo 1 tem tendência a ser mais agressivo e abrupto. Já no tipo 2, como está mais relacionado à obesidade, hábitos não saudáveis e estilo de vida (sedentarismo, má alimentação), os níveis de glicose estão frequentemente elevados antes mesmo do diagnóstico”, afirma Aline Esteves.
Quando existem sintomas, são: vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso em pouco tempo.
Se você for diabético, é importante ficar atento aos sintomas. Pois, pode ter crises de hiperglicemia, ou seja, glicose alta no sangue, ou hipoglicemia, quando a glicose está muito baixa. “Se tiver náusea, vômitos, dor abdominal, sonolência, fraqueza, respiração acelerada, perda de peso nos últimos dias, é importante uma avaliação médica para descartar causas potencialmente fatais de descompensação do diabetes”, alerta a médica.
Tratamento e Sequelas
O tratamento principal do paciente diabético é relacionado à alimentação. A quantidade de carboidratos deve ser controlada na dieta. Atividades físicas ajudam no bem estar geral. Além disso, os que possuem o tipo 1 precisam fazer uso da insulina diariamente para controlar a doença.
Os diabéticos tipo 2 geralmente iniciam o tratamento com medicações orais e podem seguir a vida toda assim. Porém, em alguns casos vai ser necessário a introdução da insulina em algum momento.
Em relação às sequelas, a médica reforça que o diabetes é uma doença crônica e progressiva, que afeta a microcirculação do organismo. A longo prazo, pacientes diabéticos podem desenvolver problemas na retina, nos rins, coração, artérias periféricas (principalmente nos pés), infecções frequentes, dificuldade na cicatrização de feridas, furúnculos. Esse conjunto de complicações no paciente com descontrole da doença, pode levar até à morte por disfunção dos órgãos vitais. Logo, é imprescindível que se mantenha o acompanhamento regular com um médico endocrinologista, acompanhamento nutricional e procure adotar um estilo de vida mais saudável”, enaltece Aline Esteves.
Assessoria/Caminho Político
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