Com aumento dos casos de obesidade infantil, nutricionista fala sobre os riscos e como melhorar hábitos das crianças
No dia 3 de junho, é celebrado o Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil. O Ministério da Saúde estima que, no Brasil, 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no SUS (Sistema Único de Saúde). Nesta faixa etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso. Entre os menores de cinco anos, o índice de sobrepeso é de 14,8%, sendo que 7% já apresentam obesidade. A nutricionista e professora do Idomed Fapan, Maria Olímpia Almada, explica que a obesidade traz vários riscos e, geralmente, a criança com sobrepeso ou obesidade será um potencial adulto com sobrepeso.
“A obesidade está diretamente relacionada às doenças crônicas não-transmissíveis, como diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia. São doenças relacionadas ao estilo de vida”, afirma.
Para a docente, o que explica tantas crianças já lutando contra o sobrepeso é a transição alimentar. As crianças têm consumido cada vez mais alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, sal e açúcar.
Aliado à alimentação ruim, vem o sedentarismo. “Está prevalecendo, cada vez mais, o uso de telas. As crianças ficam na frente de tablets, celulares, e não vão mais para a rua brincar, não fazem atividades que gastam energia. O consumo de ultraprocessados e o sedentarismo estão levando à alta incidência de sobrepeso e obesidade em crianças”, explica a nutricionista.
No dia em que é celebrado o Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil (3 de junho), a professora do Idomed Fapan orienta que os pais priorizem os bons hábitos alimentares dos filhos. O ideal é oferecer a quantidade adequada de macronutrientes, carboidrato, proteína e a gordura, que também é essencial. Além disso, é importante manter o consumo dos micronutrientes, que são vitaminas e minerais.
Maria Olímpia explica que deve ser priorizado o consumo de frutas, legumes, verduras, consumo de fibras e, também, pensar na forma de preparo dos alimentos. “É necessário menos frituras, reduzir o excesso de produtos ultraprocessados e priorizar os alimentos que têm fibras, integrais”, orienta.
A última dica é, junto com a alimentação equilibrada, que a criança faça atividade física. “É preciso tirar um pouco as crianças da frente da televisão, do computador e fazer com que elas fiquem mais ativas”, finaliza a professora.
Assessoria/Caminho Político
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