HMC: Programa inédito em Mato Grosso para correção de ‘pé torto’ amplia o número de consultas e cirurgias ortopédicas

Tratamento é realizado no Hospital Municipal de Cuiabá. 80% do atendimento são de pacientes do interior do Estado.
Inédito em Mato Grosso, o ‘Programa de Tratamento Ortopédico para Criança Cuiabana’, idealizado pela primeira-dama, Márcia Pinheiro, inclui a correção de ‘pé torto’. Implantado pela gestão Emanuel Pinheiro em 2017, a iniciativa ampliou o número de consultas e cirurgias ortopédicas e reduziu a fila de espera na Central de Regulação. Desde 2019, o Hospital Municipal de Cuiabá e Pronto Socorro “Dr. Leony Palma de Carvalho”- HMC realiza exclusivamente os atendimentos e procedimentos cirúrgicos de pacientes com pé torto congênito. Criado para beneficiar somente crianças cuiabanas, hoje o programa atende uma demanda de 80% pacientes de todo o Estado de Mato Grosso, incluindo pacientes de outros Estados. O tratamento utiliza o método Ponseti, considerado internacionalmente como padrão ouro para o tratamento de pé torto, é o que explica o ortopedista e traumatologista pediátrico que atua no HMC, Dr. Leonardo Bussiki.
“A fase inicial do tratamento consiste na correção dos pés com gessos. O controle semanal varia entre cinco a sete semanas, e a cada semana o pé é posicionado no gesso de maneira diferente, com maior abdução em busca da melhor correção. A segunda fase do tratamento é a cirurgia de tendão calcâneo. E a parte final é a órtese, que consiste em um par de sapatos, que mantém a posição em abdução máxima do pé permitindo a mobilidade dos joelhos e quadril. O uso é até os quatro anos de idade”, explica Dr. Leonardo.
Segundo ele, o uso da órtese é essencial para não retroceder no tratamento. “Durante três meses após a cirurgia, a criança faz uso da órtese por 24 horas, depois acontece à redução gradativa do tempo chegando ao uso de 14h ao dia. Se o paciente não fizer uso da órtese, infelizmente o pé pode voltar a ficar torto, quando isso acontece, realizamos em algumas situações outras cirurgias, como a necessidade de transferência de tendão em tratamento de recidivas recorrentes”, alerta.
O médico recomenda que a família inicie o tratamento ainda nos primeiros meses de vida. “O tratamento é indolor e possibilita que a criança volte a andar normalmente. O resultado são pés flexíveis e excelente aparência, permitindo o uso de sapatos convencionais e até prática de esporte de alta performance por pacientes que nasceram com o pé torto congênito”, garante Dr. Leonardo.
A mãe do pequeno João Paulo, 8 anos, Vanessa Galete, veio do município de Rondonópolis buscar atendimento para o filho em Cuiabá. “É a segunda vez que venho aqui no HMC para realizar a troca do gesso do meu filho, já notei a melhora na posição do pé dele. Ele começou o tratamento há pouco tempo, e estou muito confiante. Quero parabenizar esse trabalho desenvolvido, nós que somos mães reconhecemos a importância desse tratamento, sem esse programa muitas crianças iriam carregar estigmas sociais pelo resto da vida. É muito gratificante conseguir tratar meu filho sem custo. Esse hospital é excelente”, elogia.
De acordo com do diretor geral, Paulo Rós, da Empresa Cuiabana de Saúde Pública - da ECSP, que administra o HMC, o programa garante acompanhamento seguro e humanizado ao paciente, prioridade na gestão Emanuel Pinheiro. “O HMC conta com ortopedista treinado que domina o método, e atende semanalmente crianças em situação de pé torto. O tratamento adequado, realizado aqui no HMC, favorece a adesão das famílias ao uso da órtese, garante menor índice de recidivas e menor índice de abandono do tratamento”, destaca. Hoje a demanda é alta, porém conseguimos prestar atendimento regularmente. Mesmo diante da pandemia, não houve interrupção dos serviços. Só no ano de 2021 o HMC realizou 502 atendimentos em crianças com pé torto”, completa.
O tratamento para correção do pé torto congênita é 100% gratuito, via Sistema Único de Saúde - SUS. Mais de 2.000 atendimentos e 400 procedimentos cirúrgicos foram realizados desde o início do programa, com correções gessadas e pequenas cirurgias.
Assessoria/Caminho Político
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