Jornalistas mexicanos realizaram nesta terça-feira, 26 de janeiro, uma manifestação em todo o país para denunciar a nova onda de assassinatos de colegas de profissão. Somente neste mês, três jornalistas foram mortos no país: o fotógrafo e repórter investigativo Margarito Martinez, o jornalista José Luis Gamboa e a repórter Lourdes Maldonado. O protesto exige o fim da impunidade desse tipo de crime e uma política de segurança especial para proteger profissionais de imprensa. Jornalistas colocaram flores e velas nas ruas, ao lado de cartazes com dizeres em homenagem às vítimas e denunciando a falta de segurança para profissionais de imprensa. O México é considerado um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas, com 145 assassinatos de profissionais da imprensa entre 2000 e 2021. O levantamento é da organização de defesa de direitos Artigo 19.
A jornalista Lourdes Maldonado foi a mais recente vítima dessa onda de violência. Ela foi assassinada na noite de domingo, 23 de janeiro, em Tijuana.
Ela colaborou com vários veículos, entre eles o maior canal de TV do país, a Televisa, e o Primeiro Sistema de Notícias (PSN), do político mexicano Jaime Bonilla.
Há alguns dias, Lourdes ganhou um processo contra o PSN por demissão abusiva. Em 2019, em uma entrevista coletiva do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), Lourdes Maldonado pediu proteção e disse temer por sua vida.
López Obrador lamentou o assassinato e afirmou que o governo manteve contato com Lourdes para garantir sua segurança. Grupos de defesa da liberdade de imprensa informaram que ela havia sido incluída em um esquema de proteção a jornalistas que cobrem cartéis e casos de corrupção.
Em 2021 nove jornalistas foram assassinados no México. Desde que López Obrador assumiu o cargo, em 2018, mais de 50 foram mortos.
Assessoria/Caminho Político
Foto: Reuters
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