Quentura, Yarang Mamin e Para Onde Foram as Andorinhas foram coproduzidos pelo Instituto. O Instituto Catitu, que contribui para o fortalecimento das culturas indígenas e a defesa de seus direitos por meio do uso de novas tecnologias como ferramentas para expressar, transmitir e compartilhar conhecimentos, participa do evento Global Landscapes Forum (GLF Amazônia) com três filmes. O Fórum Internacional tem como tema central a Amazônia e realiza várias atividades de forma gratuita de 21 a 23 de setembro. Sendo uma delas a mostra de filmes, que conta com a participação de Quentura, Yarang Mamin e Para Onde Foram as Andorinhas, obras que foram coproduzidas pelo Instituto Catitu. O filme Quentura, com direção e produção da cineasta Mari Corrêa, fundadora e diretora do Instituto Catitu, nos envolve com o relato de mulheres indígenas da Amazônia sobre seu vasto universo de conhecimentos, ao mesmo tempo em que observam os impactos das mudanças climáticas nos seus modos de vida.
A cineasta também foi a responsável pela direção do filme Para Onde Foram as Andorinhas, que mostra a preocupação dos indígenas do Xingu diante das mudanças climáticas, onde árvores não florescem mais, o fogo se alastra queimando a floresta, cigarras não cantam mais anunciando a chuva porque o calor cozinhou seus ovos. Os frutos da roça estão se estragando antes de crescer. Ao olhar os efeitos devastadores dessas mudanças, eles se perguntam como será o futuro de seus netos.
Além das exibições, a cineasta também participa de um bate-papo, que acontece nesta terça-feira (21), às 19h, horário de Brasília, sobre a perspectiva da criação de conteúdo audiovisual sobre a Amazônia e a importância de proteger o Bioma. A conversa também terá a participação dos cineastas Mari Corrêa, Eryk Rocha e do coletivo de cinema equatoriano TAWNA, sendo moderado pela cineasta e jornalista brasileira Lorenna Montenegro.
Já Yarang Mamin, dirigido e produzido pelo cineasta indígena Kamatxi Ikpeng, mostra as Yarang, um grupo de 65 mulheres do povo Ikpeng, que coletam sementes nativas no Território Indígena do Xingu (MT). Mães, filhas, avós e netas que juntas, ao longo de uma década, coletaram 3,2 toneladas de sementes florestais. Esse trabalho de formiguinhas possibilitou o plantio de cerca de 1 milhão de árvores em áreas degradadas das bacias do Rio Xingu e Araguaia. São as sementes que formarão as florestas do futuro.
Kamatxi Ikpeng também participa de um bate-papo que acontecerá na quinta-feira (23), às 18h30, horário de Brasília, onde debaterá com outros cineastas sobre suas experiências fazendo filmes que destacam as experiências de desenvolvimento e degradação ambiental dos povos amazônicos.
Para acompanhar e participar de todas as atividades do Fórum Internacional é só acessar o site do evento: conference.globallandscapesforum.org.
https://conference.globallandscapesforum.org/amazon-2021/pt/content/festival-de-cinema-da-amazonia.
*Sobre o Instituto Catitu*
O Instituto Catitu é uma associação sem fins lucrativos que propõe aos povos indígenas novas possibilidades de expressão, transmissão e compartilhamento de suas visões de mundo e de seus conhecimentos.
Criado em junho de 2009, o Instituto Catitu iniciou suas atividades a partir da experiência adquirida por seus fundadores ao longo dos últimos 20 anos em projetos culturais e ambientais com as comunidades indígenas.
No qual se destaca a formação audiovisual para povos indígenas, que resultou na produção de aproximadamente 30 filmes – que conquistaram novos públicos e inúmeros prêmios Brasil afora.
Helena Corezomaé/Caminho Político
@caminhopolitico @cpweb
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