O Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG), juntamente com o Núcleo de Segurança do Paciente, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) realizaram durante os dias 20 a 24 de setembro, a Semana de Segurança do Paciente e Sepse em alusão ao Dia Mundial da Segurança do Paciente que foi comemorada no dia 17 de setembro. A diretora assistencial do HG, Caroline Evangelista de Moura explicou que as ações promovidas nesta semana foram para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes dentro do ambiente hospitalar. “Essas atividades tiveram como objetivo conscientizar e mobilizar todos os pacientes e profissionais, sobre a importância do cuidado seguro em saúde. Além disso, as ações elaboradas nesse aspecto minimizam os riscos e danos durante a assistência à saúde, o que reflete positivamente na qualidade dos atendimentos”.
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi criado pelo Ministério da Saúde em 2013, com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde. Esse programa partiu dos protocolos básicos, elaborados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a coordenadora de Enfermagem do HG, Naila de Camargo Dalmaz, o objetivo é abordar os seis protocolos de segurança do paciente para uma assistência mais eficaz dentro do hospital. “A iniciativa visa alertar e sensibilizar os profissionais sobre a minimização de riscos, bem como melhorias na qualidade da assistência na instituição”.
Para a OMS, a segurança é um dos seis atributos da qualidade, ao lado da efetividade, cuidado centrado no paciente, oportunidade, eficiência e equidade. Dessa forma, definiu seis protocolos básicos de segurança: Identificação do paciente, higiene das mãos, segurança cirúrgica, segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, prevenção de quedas dos pacientes e prevenção de lesão por pressão (UPP).
Outro tema muito discutido entre os profissionais foi sobre os adornos e a sepse. Lembrando que a sepse tem origem a partir de diferentes causas: A sepse comunitária por exemplo, é causada pelas infecções comunitárias, como pneumonias e infecções do trato urinário. Já a sepse hospitalar é causada por uma infecção, geralmente proveniente de procedimentos cirúrgicos, intubação, uso de cateter e ventilação mecânica.
“Essa iniciativa tem sua importância baseada na necessidade de ter o máximo de cuidado com quem está internado. Temos que nos atentar ao que é necessário para fazermos nosso melhor. Priorizamos muito a segurança dos nossos pacientes e funcionários”, disse a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HG, Thalytta Guedes.
Dados sobre sepse no Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que no mundo cerca de 50 milhões de pessoas apresentem quadro de sepse (definida como um conjunto de manifestações graves no organismo produzido por uma infecção), com 11 milhões de óbitos.
A maioria dos casos se concentra em países de baixa e média renda (85%), sendo que as crianças são as mais afetadas, representando 40% dos casos (2,9 milhões de mortes anualmente). Nas UTIs, 50% dos casos de sepse são devidos a infecções adquiridas nas instituições de saúde, levando à óbito pelo menos 42% destes pacientes.
No Brasil, segundo um estudo feito pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), ocorrem 670 mil casos por ano com taxas de óbito em média de 50%.
Soraya Medeiros/Caminho Político
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