A CNN Brasil rescindiu o contrato com o jornalista Alexandre Garcia nesta sexta-feira, 24 de setembro. A decisão foi tomada após o comentarista reiterar a defesa do uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid. A desinformação foi transmitida por Garcia no quadro "Liberdade de Opinião". Esta não foi a primeira vez que o comentarista causou problemas na emissora por suas falas negacionistas. No meio do ano, um relatório do Google apontou a ligação entre ele e a disseminação de desinformação online sobre a pandemia no Brasil.
No relatório, o canal de Alexandre Garcia no YouTube aparece no topo de uma lista de canais que mais lucraram na plataforma publicando vídeos com desinformação sobre a pandemia.
Segundo os dados, o canal do comentarista da CNN Brasil "monetizou" (faturou com publicidade digital) quase R$ 70 mil somente com vídeos que propagam desinformação sobre a pandemia.
Na época, o também jornalista Rafael Colombo, então colega de Garcia no Liberdade de Opinião, teria pedido à direção da CNN Brasil para deixar o quadro por conta do relatório.
Um outro estudo, feito no começo do ano pela empresa de análise de dados Novelo Data e pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, liderado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), analisou vídeos sobre covid-19 publicados no mês de janeiro último por 15 dos maiores canais de política e mídia do Brasil.
Foram identificadas ao menos 44 postagens com conteúdo negacionista relacionado à pandemia. De acordo com os responsáveis pelo trabalho, esses vídeos se concentraram em três canais: o do presidente Jair Bolsonaro, o do jornalista Alexandre Garcia e o do programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan.
Assessoria/Caminho Político
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