"SÃO JOSÉ DO RIO CLARO: Textos de alunos de escola plena integram livro sobre a importância da preservação da Amazônia"

A edição online do livro “Escritos pela e sobre a (re)existência da Amazônia” está circulando em três continentes – América, Europa e África.Quatro alunos da Escola Estadual Plena São José do Rio Claro, localizada no município de mesmo nome (315 quilômetros ao norte de Cuiabá) que participaram de um concurso nacional de redação sobre a importância da preservação da Amazônia tiveram seus trabalhos publicados numa coletânea de 44 textos de estudantes que viraram um livro. Na edição online, o livro “Escritos pela e sobre a (re)existência da Amazônia” está circulando em três continentes – América, Europa e África. Como prêmio, a escola ganhou 50 livros impressos que serão entregues. Os textos contemplados são dos estudantes Kayanne Zampiero de Aquino Silva, Gabriel Gonçalves Xavier Bauman, Maria Vitória Lopes Emanuelle de Morais. Os trabalhos concorreram nacionalmente com alunos de todo o país. Além de Mato Grosso, foram selecionados textos de mais seis Estados: Amazonas, Pará, Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
O editor do livro, o professor doutor Raphael Fontes Cloux destaca que, devido à pandemia, o lançamento do livro impresso está limitado. Os planos da editora Editora Kawo-Kabiyesile é realizar os lançamentos presenciais também fora do país.
“O livro já está circulando dentro dos nossos canais de atuação nos três continentes e a ideia é que a gente faça os lançamentos presenciais, também fora do Brasil. Se a pandemia permitir, provavelmente o primeiro que nós vamos fazer vai ser no Paraguai em janeiro próximo” explica.
O conselho editorial é um dos mais completos. É formado por professores doutores e mestres, não são só de universidades brasileiras como do exterior – Equador, Paraguai Portugal e Espanha. A obra, fruto de concurso nacional de redações, teve por objetivo estimular a elaboração de textos sobre a importância da preservação da Amazônia para os habitantes do planeta terra.
Na semana passada, Raphael esteve na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) entregando os 50 exemplares da escola que serão encaminhados para São José do Rio Claro.
Desafio
Na EE São José, um dos responsáveis pela participação dos alunos, professor Wiliam Barbosa Caetano, explica que, a colega dele, a também professora de língua portuguesa Eliana Luci Roza resolveu enfrentar o desafio do concurso. Com o incentivo de toda a equipe gestora, professores e alunos do ensino médio traçaram um plano de trabalho.
“Ficamos sabendo – nós e os alunos – do concurso pela internet. Uma vez demonstrado o interesse em participar, fizemos uma discussão sobre o tema em sala de aula, inclusive com propostas preparatórias para o Enem. A temática amazônia foi também percursora de uma discussão para produzir redações com foco para o Enem”, assinala.
O professor lembra que o trabalho não foi só em sala de aula. Os alunos foram ao laboratório pesquisar dados naturais, de pessoas relevantes para a Amazônia, como a irmã missionária Dorothy Stang, cujas pesquisas sobre ela deixaram os alunos impressionados pela luta dela pela preservação da Amazônia.
“Como vivemos na bacia amazônica, nós também proporcionamos a ideia de que pertencemos a um lugar e temo que preservá-lo para nossa geração, e para a futura geração também”, salienta.
Foi um mês de debates e toca de informações em sala de aula, por meio da metodologia ativa, sala de aula invertida – o professor proporciona a leitura mediadora e depois os alunos discutem o que utilizarão para escrever. A próxima etapa foi passar as regras de como escrever um bom texto utilizando o assunto.
O sucesso do tema foi tão grande que os dois professores escolheram três alunos de cada um e intensificaram os trabalhos visando o concurso. Os alunos ficaram empolgados e produziram textos primorosos. O sucesso da participação foi a questão de trabalhar as novas possibilidades de ensino e o trabalho com textos multimodais – jornalístico, charges entre outros. As redações foram encaminhadas no final de outubro e somente na semana passada é que a equipe gestora ficou sabendo do resultado.
Tradição
Para a diretora Aubley Priscila Zeri de Macedo, a participação no concurso reforça o trabalho integrado entre linguagem e ciências humanas. “O resultado confirma todo o nosso esforço, pois a escola tem uma dinâmica de participar de concursos e olimpíadas do conhecimento. Essas ações servem de diagnóstico externo do trabalho feito na escola. Quando participamos e obtivemos êxito, mostra que estamos no caminho certo”, comemora.
Adilson Rosa/Caminho Político
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