O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acredita que a vacina mais promissora ainda é a desenvolvida pela Universidade de Oxford, já em processo de compra pelo Brasil. Em audiência da comissão mista do Congresso que acompanha as ações de combate à Covid-19, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (13) que as informações sobre a vacina russa, aprovada nesta semana pelo governo daquele país, ainda são “rasas” e “incipientes”; mas que o governo brasileiro já teve uma reunião com autoridades russas e do governo do Paraná para acompanhar o acordo de cooperação entre eles.
"Sim, nós estamos atentos à vacina russa e caso essa prospecção seja positiva, nós devemos também participar", informou. Pazuello reforçou que o governo federal se interessa por todas as vacinas viáveis. "Vai ter muita negociação, muito trabalho para que isso seja analisado pela Anvisa para que nós possamos discutir a compra", disse. O ministro completou relatando reunião que teve nesta semana com uma empresa americana que desenvolve outra vacina. Com essa, são sete vacinas em acompanhamento mais próximo, sendo que Pazuello acredita que a mais promissora é a desenvolvida pela Universidade de Oxford, já em processo de compra pelo Brasil.
Materiais
Para garantir que não faltarão materiais para produção, distribuição e aplicação da vacina, os ministérios da Saúde e da Economia estão em contato, segundo Pazuello, para assegurar a fabricação nacional dos produtos até novembro. O ministro anunciou ainda que a vacinação deverá ser iniciada em janeiro nas regiões Norte e Nordeste por questões sazonais.Em relação à carência de medicamentos para intubação de pacientes com Covid-19, Pazuello disse que a situação deve melhorar nos próximos dias, porque foi concluído nesta semana o pregão eletrônico que dará aos estados e 17 capitais a possibilidade de adquirir 11 tipos de medicamentos. O ministro disse ainda que estão sendo comprados mais medicamentos no mercado externo.
Emergencialmente, o governo requisitou dos laboratórios 3,4 milhões de doses que já foram distribuídas, além de compras no Uruguai para a região Sul. Pazuello ressaltou que as requisições podem ser feitas diretamente pelos estados e municípios em caso de necessidade e lembrou que eles possuem R$ 25,2 bilhões em conta para as despesas da pandemia.
Notícias falsas
O relator da comissão mista, deputado Francisco Jr. (PSD-GO), manifestou preocupação com notícias falsas que relacionam as mortes por Covid-19 a uma maior distribuição de recursos para estados e municípios. O deputado relatou a existência de vídeos nas redes sociais de diagnósticos falsos para que estados e municípios recebam mais recursos. "Que quanto mais pessoas morrerem de Covid, mais vantagens eles receberiam. Na minha opinião, isso é Fake News. Mas eu questionei o Ministério da Saúde, questionei a Secretaria de Goiás, e lamentavelmente não tive resposta", questionou.
Pazuello esclareceu que todos os repasses são feitos com prestação de contas e se baseiam na necessidade concreta dos poderes locais. A deputada Angela Amin (PP-SC) elogiou o trabalho do ministro interino da Saúde e disse que ele precisa divulgar mais o que vem fazendo. “As iniciativas tomadas e as providências, mesmo com lentidão. Nós gostaríamos muito que esse processo tivesse sido mais rápido, mas eu já fui gestora e a gente sabe que as coisas não acontecem no ritmo que nós gostaríamos.”
O ministro Eduardo Pazuello também fez questão de dizer que o governo só atende pedidos de estados e municípios em relação à cloroquina; ou seja, não oferece o medicamento; e que mantém um estoque pequeno para atender outras doenças como malária e lúpus.
Reportagem - Sílvia Mugnatto
Edição - Geórgia Moraes
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