"Deputados organizam rotinas de trabalho virtual e conseguem votar mais de cem propostas na pandemia"

“São várias, que foram de fundamental relevância, tanto no combate à Covid-19 no que diz respeito à saúde propriamente dita, como também na economia e na assistência social. ”
Agilidade
O deputado Enio Verri (PT-PR) , líder do PT, salienta a agilidade do Congresso para responder à crise provocada pelo novo coronavírus. Ele ressalta que, muitas vezes, não há como classificar ações como a aprovação do auxílio de R$ 600 em econômicas ou sociais, pois elas atendem às duas esferas.
“Tratam-se de políticas determinantes para a sobrevivência das pessoas e também dos pequenos centros econômicos”, aponta.
Outras 20 propostas já foram aprovadas pela Câmara e agora estão sendo examinadas pelo Senado. Entre elas, a que suspende o pagamento das prestações do programa Minha Casa, Minha Vida durante a pandemia; e as que garantem ajuda financeira da União a estados e municípios que tiveram queda na arrecadação de impostos neste período, entre outras providências. Mais 12 proposições já passaram pelas duas Casas e aguardam sanção do presidente Jair Bolsonaro, como as medidas que estabelecem um programa emergencial de crédito para micro e pequenas empresas e criam linhas específicas para custear a folha salarial.
Além do Plenário, as necessidades decorrentes da Covid-19 também são examinadas por uma comissão externa da Câmara. O colegiado já fez 70 reuniões e 4 visitas técnicas. Apoiou 58 propostas, das quais 19 foram aprovadas pelo Plenário da Câmara. Encaminhou ainda 57 ofícios ao Poder Executivo, com diversas consultas.
Comissão mista
O Congresso também instalou uma comissão mista para examinar prioritariamente as medidas econômicas que buscam reduzir os efeitos da crise sanitária. O relator da comissão, deputado Francisco Jr. (PSD-GO), classifica as medidas aprovadas pelo Parlamento em três grupos: as que preparam o governo para enfrentar a pandemia; as que dão apoio à iniciativa privada; e as que servem de suporte à população mais vulnerável.
“Todos os projetos, todas as leis que nós fizermos para atender a essas famílias são importantes. Somo a isso as ações na área da saúde, de forma especial a saúde pública, os recursos destinados à instalação de hospitais de campanha, à compra de testes e respiradores”
O relator lembra que o governo federal já destinou mais de R$ 509 bilhões do Orçamento para o combate ao novo coronavírus. Desse total, R$ 274 bilhões foram efetivamente pagos até o momento, sendo que 65% das verbas liberadas tiveram como destino o pagamento do auxílio emergencial.
Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição - Marcelo Oliveira
Foto: Michel Jesus
Caminho Político
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