
"Um erro no alinhamento do sistema de radar causou um erro humano. Um operador esqueceu de reajustar a direção no sistema de radar depois de passar para uma nova posição – um erro que contribuiu para a leitura incorreta dos dados do radar", afirma o texto.
"Os objetos identificados foram observados em uma ampliação equivalente a 107 graus pelo operador do sistema de defesa aérea", acrescenta o relatório, o que levou à identificação do avião como uma ameaça e ao disparo de dois mísseis para derrubá-lo.
Houve "uma cadeia de eventos", segundo a entidade de aviação: "comunicação defeituosa" entre o operador do sistema e a coordenação central, "uma identificação incorreta do objeto" e uma falha no cumprimento dos procedimentos para o lançamento dos mísseis.
A organização iraniana indicou que "o operador do sistema classificou o alvo detectado como uma ameaça" e que isso foi promovido por "sua falta de conhecimento do erro de 107 graus".
Em relação aos procedimentos, o relatório afirma que o operador não estava autorizado a disparar sem ter recebido previamente a aprovação do Centro de Coordenação, que por sua vez nunca teria emitido uma ordem nesse sentido.
O voo 752 da companhia aérea Ukraine International Airlines (UIA) foi abatido no dia 8 de janeiro, após ser confundido com um míssil logo depois de decolar do aeroporto de Teerã com destino a Kiev.
O impacto do primeiro míssil contra o avião causou um incêndio na aeronave, um Boeing 737, que acabou caindo no chão, levando então a uma explosão.
Com base nos passaportes usados para embarcar, havia no avião 146 iranianos, 11 ucranianos, incluindo os nove tripulantes, dez afegãos e quatro suecos. O Canadá afirma que 57 cidadãos de seu país estavam na aeronave.
O abate do avião, que o Irã chamou de acidental, gerou uma onda de protestos no país contra o governo e aumentou a pressão internacional sobre Teerã, após meses de tensões com os Estados Unidos que culminaram no assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, no dia 3 de janeiro em Bagdá, e no bombardeio iraniano a bases americanas no Iraque em retaliação.
EK/afp/efe/lusa/rtr/cp
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