Eles também querem que a Organização Mundial da Propriedade Intelectual promova um acordo global para que não seja registrada uma possível patente da vacina.Em reunião virtual, os presidentes dos Parlamentos Regionais da América Latina e do Caribe aprovaram uma declaração conjunta para tornar a vacina contra o novo coronavírus acessível de forma gratuita e universal. Eles também querem que a Organização Mundial da Propriedade Intelectual promova um acordo global para que não seja registrada uma possível patente da vacina.
Participaram do encontro os presidentes do Parlacen, Parlamento Centro-Americano; do Parlasul, Parlamento do Mercosul ; do Parlatino, Parlamento Latino-Americano; do Parlandino, Parlamento Andino; e um representante da Eurolat, Assembleia Euro-Latino-Americana.
Na reunião, houve consenso sobre a necessidade de agir antecipadamente sobre a possibilidade de desenvolvimento de uma vacina para o coronavirus e, nesse caso, que seja garantido o acesso gratuito a todas as populações como medida de enfrentamento à crise causada pela pandemia.
A ideia é solicitar aos chefes de estado e de governo da América Latina e do Caribe que atuem junto à comunidade científica, à Organização Mundial da Saúde (OMS), e à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para que a vacina contra o coronavírus seja gratuita e para que haja a devida compensação para aqueles que desenvolvem as pesquisas.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que é vice-presidente da representação brasileira no Parlasul, coloca em dúvida o apoio do governo atual a um pedido de quebra de patentes, mas acredita que a vacina contra a Covid-19 será gratuita no Brasil. "O Brasil vai ter a futura vacina de forma gratuita por causa do Sistema Único de Saúde (SUS)", afirmou.
Chinaglia ressaltou também que mesmo dificuldades financeiras, o SUS tem garantido para a quase totalidade do povo brasileiro o atendimento da Covid-19. "E a vacina, quando surgir, será da mesma forma porque o SUS tem um amplo e eficaz programa de vacinação. É uma conquista do povo brasileiro", completou.
O presidente do Parlamento do Mercosul, Oscar Laborde, ressaltou que o Parlasul já havia deliberado sobre o assunto no mesmo sentido.
Reportagem - Sílvia Mugnatto
Edição - Régis Oliveira
Foto: Michel Jesus
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