
Até o recorde negativo registrado hoje, o nível mais baixo de fechamento de um contrato futuro do WTI ocorreu em março de 1986, quando ficou em 10,42 por barril.
A queda também afetou os contratos de WTI de junho, que vencem em 19 de maio. Hoje, eles estavam sendo negociados a 20 dólares por barril, uma baixa de 18,3%.
Já o barril de Brent do Mar do Norte foi menos afetado, com uma queda de 9%, fechando a 25,57 dólares nesta segunda-feira.
Nas últimas semanas, as restrições de mobilidade para combater o coronavírus em grande parte do mundo e a paralisia econômica afundaram o consumo de combustível.
Além disso, a oferta de petróleo no mundo é abundante após uma guerra de preços entre a Arábia Saudita e Rússia.
A disputa terminou no início de abril, quando os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e demais produtores (Opep+) finalmente acertou uma redução de 10 milhões de barris por dia para tentar sustentar os preços nos mercados afetados pelo coronavírus.
Os preços, contudo, continuaram a cair quando ficou claro que esse corte não seria suficiente para compensar a queda na demanda.
Para piorar, há sinais de que a capacidade de armazenamento de petróleo está chegando ao limite em vários países. Simplesmente falta espaço para os estoques. Os estoques na cidade americana no Estado de Oklahoma, principal centro de armazenamento do mercado petrolífero dos EUA, aumentaram para 55 milhões de barris desde o fim de fevereiro. A capacidade do hub é de 76 milhões de barris.
JPS/ots/cp
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