Testes mostram que peças de lote, com mais de 1 milhão delas, não seguiam os padrões de qualidades e apresentam defeitos. Cerca de 600 mil máscaras já haviam sido enviadas a hospitais no país.Em meio à pandemia de covid-19, o governo da Holanda ordenou neste sábado (28/03) a retirada de circulação de cerca de 600 mil máscaras de proteção de um lote de 1,3 milhão que foram compradas da China. Segundo as autoridades, as peças não cumpriam os padrões de qualidade. As máscaras defeituosas já haviam sido distribuídas a vários hospitais que tratam pacientes com o novo coronavírus, segundo a imprensa holandesa. O resto do lote, que chegou em 21 de março, ainda estava sob controle do Ministério da Saúde do país.
Um teste revelou que as máscaras do modelo FFP2 não protegiam o rosto adequadamente ou tinham membranas de filtro com defeito. Esses filtros finos devem impedir que o vírus entre na boca ou no nariz. Outra análise realizada posteriormente teve o mesmo resultado.
"Um segundo teste também revelou que as máscaras não estão dentro das normas de qualidade. Por isso, foi decidido não usar nenhumas das peças deste lote", afirmou o Ministério da Saúde holandês em nota.
O ministério disse ainda que realizará testes extras em futuros lotes de máscaras de proteção que chegarem da China.
Vários hospitais da Holanda rejeitaram parte das máscaras mesmo antes do recall do governo. "Quando elas forem entregues, eu rejeitei imediatamente aquelas máscaras", disse uma fonte à emissora pública holandesa NOS.
A China está enviando milhões de máscaras de proteção e suprimentos médicos a diversos países do mundo, entre eles Sérvia, Libéria, França e Filipinas, que enfrentam a pandemia da covid-19.
A Holanda já confirmou mais de 10 mil casos do novo coronavírus no país e teve 771 mortes em decorrência da doença.
CN/afp/dw/cp
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