
O hospital Guru Teg Bahadur, por sua vez, fala em menos 13 mortos e cerca de 150 feridos. "Posso confirmar agora 13 mortos. Ao menos 150 pessoas vieram ao nosso hospital com ferimentos", disse o funcionário Rajesh Kalra à agência de notícias AFP nesta terça-feira.
Na segunda-feira, veículos e lojas foram incendiados, e propriedades foram destruídas durante os confrontos entre defensores e opositores da Lei de Cidadania, proposta pelo governo e aprovada pelo Parlamento em dezembro passado. A legislação concede cidadania indiana a imigrantes vindos de Bangladesh, Paquistão e Afeganistão, mas exclui muçulmanos.
Durante sua passagem de dois dias pelo país, Trump se recusou a opinar sobre a mudança na lei indiana. "Eu não quero discutir isso. Quero deixar isso para a Índia e acredito que eles tomarão a decisão certa para o povo", disse o americano.
A onda de protestos contra a controversa lei causou, entre dezembro e janeiro, a morte de mais de 20 pessoas e a prisão de outras mil pessoas, aproximadamente.
A polícia e as tropas paramilitares patrulhavam áreas sensíveis, e drones foram usados para monitorar a situação, segundo Randhawa. "A situação está sob controle", afirmou o porta-voz.
Os confrontos ocorreram nos bairros no nordeste de Nova Déli, com grande população muçulmana. Imagens de televisão mostraram ruas cheias de tijolos quebrados e fumaça saindo de lojas.Segundo as autoridades, os mortos nos confrontos incluíam jovens das comunidades hindu e muçulmana. O número de vítimas pode aumentar, já que vários dos feridos ainda se encontram hospitalizados.
Todas as escolas do nordeste da capital indiana permaneceram fechadas, e ordens proibindo reuniões de mais de cinco pessoas foram impostas até 24 de março.
A nova lei que provocou os protestos acelera a obtenção de cidadania para minorias religiosas vindas de países vizinhos de maioria muçulmana, mas exclui os muçulmanos do benefício.
Os críticos dizem que a lei vai contra a Constituição secular da Índia, que trata todos como iguais independentemente da religião, e é um passo em direção à marginalização da minoria muçulmana do país.
O governo liderado pelo nacionalista Partido Bharatiya Janata (BJP), do premiê Narendra Modi, nega que a lei seja discriminatória contra muçulmanos. Mas os protestos, cuja maioria é amplamente pacífica, continuam em várias cidades do país, muitas vezes sob liderança de mulheres muçulmanas.
MD/efe/dpa/cp
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