
O acordo aprovado põe fim a essa disputa. Pela proposta, as ruínas do castelo continuam sendo propriedade de Sankt Goar, porém, parte do valor arrecadado na venda de ingressos para visitar o local será repassado à Fundação Kira da Prússia. Em contrapartida, o 'príncipe' se comprometeu a investir esse montante em projetos para crianças e jovens da cidade.
O valor repassado anualmente dependerá do número de visitantes, mas para a apoiar a fundação, o valor do ingresso será aumentado em um euro para adultos e em 50 centavos de euro para crianças.
O prefeito de Sankt Goar, Falko Hönisch, estima que cerca de 50 mil euros possam ser arrecadados anualmente para a fundação. "Devido a esse dinheiro, independente do orçamento da cidade, o trabalho com crianças e jovens está garantido por décadas".
A cooperação com a fundação deve começar a partir de janeiro de 2021. O valor do ingresso, porém, será reajustado a partir de março deste ano.
O acordo com a cidade foi alcançado mesmo após uma derrota de Georg Friedrich em junho de 2019. Na época, Tribunal Regional de Koblenz rejeitou a queixa do "príncipe" da Prússia, que prometeu recorrer da decisão.
A casa de Hohenzollern comprou o castelo em meados do século 19. As posses imperiais de Guilherme 2°, porém, foram confiscadas pela jovem República de Weimar em 1918. Em 1924, a cidade de Sankt Goar tornou-se proprietária do local, com a condição de que as enormes muralhas medievais não fossem vendidas.
Em 1998, a cidade e um hotel assinaram um contrato de arrendamento do castelo por 99 anos, com a possibilidade de uma renovação contratual por igual período de tempo. O príncipe da Prússia usou esse arrendamento para argumentar que o processo equivaleria à venda o castelo e, por isso, teria o direito de recuperar a propriedade.
O Castelo de Rheinfels é apenas umas das propriedades e objetos tomados pelo Estado após as duas guerras mundiais que herdeiros do kaiser Guilherme 2° tentam recuperar atualmente.
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