
Os ativistas atribuem as mortes à pesca com redes de malha estreita. Segundo a Pelagis, o número de animais mortos é provavelmente bem maior do que os que aparecem nas praias, uma vez que muitos deles afundam nas águas do oceano.
Muitos dos animais aparentaram ter sofrido ferimentos causados por equipamentos de pesca e pelas chamadas capturas acessórias, ocorridas de modo acidental ou não intencional durante a pesca de arrasto.
As regiões mais afetadas são os litorais da Britânia e Vendeia, afirma Matthieu Authier, cientista da Universidade de La Rochelle que também trabalha com a Pelagis.
"O nível de mortes é por capturas acessórias é inaceitável. Isso poderá levar à extinção de populações locais das espécies", disse o comissário da União Europeia (UE) para a Pesca, Virginijus Sinkevicius.
Ele disse que entrou em contato com ministérios da Pesca e do Meio Ambiente de 22 Estados-membros da UE pedindo que esses órgãos trabalhem em conjunto para encontrar uma solução para o problema.
O comissário também pediu ao Conselho Internacional para Exploração do Mar (Ices), órgão científico que monitora os ecossistemas a quantidade de peixes no Atlântico Norte, que atualize com urgência um parecer científico sobre o problema.
Sinkevicius afirmou que a questão, que também gera preocupações no Mar Báltico e no Mar Celta, será discutida na próxima reunião do Conselho de Ministérios da Pesca e do Meio Ambiente da UE.
Em nota, o comissário lembrou as centenas de golfinhos mortos encontrados em 2019 nas praias do Golfo da Biscaia, na costa sudoeste da França, e disse que as mortes estariam "provavelmente" ligadas às redes de pesca.
Em janeiro, o governo francês colocou em prática um plano para proteger os golfinhos, iniciado com a instalação de dispositivos que emitem sinais sonoros em alguns barcos de pesca durante o inverno no Hemisfério Norte.
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